O SINAL DO SÁBADO

Sábado, 30 de Agosto

VERSO PARA MEMORIZAR:


Leituras da semana:
Êxodo 20:8-11
Apartir do Título, e do estudo da semana, anote suas impressões sobre o que se trata a lição:

Pesquise: em comentários bíblicos, livros denominacionais e de Ellen G. White sobre temas neste texto: Êxodo 20:8-11

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 06 de Setembro.

Domingo, 31 de Agosto

Você já esteve apaixonado? Talvez tenha sido por um amigo com quem compartilhou um relacionamento significativo ou por alguém com quem sonhava se casar. Relacionamentos, sejam românticos, platônicos, familiares ou de outro tipo, são uma parte importante da experiência humana. Ninguém é uma ilha. Não fomos feitos para estar sozinhos. No Jardim do Éden, Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só” (Gêneses 2:18). Esta foi a primeira coisa descrita como “não boa” em toda a história humana. Toda a humanidade, seja introvertida ou extrovertida, foi criada para viver em conexão com outros.

Em nossos relacionamentos, desenvolvemos laços próximos com algumas pessoas. Essas pessoas se tornam especiais e talvez até nos sintamos atraídos por elas. Quando isso acontece, nossas prioridades na vida mudam. As coisas nas quais costumávamos gastar tempo já não têm o mesmo atrativo.

Podemos, de repente, gostar de coisas que antes não gostávamos porque a pessoa com quem queremos nos relacionar gosta delas. Uma das coisas que mais muda nesse processo é como usamos nosso tempo. De alguma forma, já não temos tempo para certas coisas. Reorganizamos nossos horários para abrir espaço para a outra pessoa.

Ao longo desse processo de ligação com outro ser humano, algo mais acontece: desenvolvemos símbolos desse relacionamento. Um símbolo comum entre pessoas apaixonadas é ter “uma música”. Essa música representa o amor que está crescendo entre os dois indivíduos.

Quando qualquer um dos dois ouve essa música, sua mente imediatamente se volta para a pessoa amada. Seja o restaurante que visitaram no primeiro encontro ou o local da lua de mel, essas coisas tornam-se simbólicas do amor que estão vivenciando. O relacionamento que Deus tem com a humanidade também possui esses símbolos. Nesta lição, estudaremos um dos símbolos que Deus compartilha com aqueles a quem ama.

Segunda, 1 de Setembro

Na lição anterior, vimos a aliança que Deus formou com Seu povo no Monte Sinai (também chamado Monte Horebe) quando deu os Dez Mandamentos. Esses mandamentos têm formado o núcleo das tradições jurídicas ocidentais desde a cristianização do Império Romano, iniciada durante o governo de Constantino, no século 4 d.C. De alguma forma, ao longo dos séculos, o único mandamento que começa com a palavra “Lembra-te” é justamente aquele que os cristãos em grande parte se esqueceram (Êxodo 20:8).

Como esse mandamento é frequentemente mal compreendido, precisamos descobrir por que esse dia é tão importante para Deus e, por extensão, para Seu povo. Depois que Deus falou a lei do Monte Sinai para que todos os israelitas a ouvissem, Moisés subiu o monte para receber de Deus as instruções sobre como construir-Lhe um santuário e as tábuas de pedra nas quais Deus havia escrito os Dez Mandamentos. Na antiguidade, escrever algo em pedra era uma forma de garantir que o que havia sido escrito não seria apagado pela passagem do tempo. Hoje, os escritos mais antigos conhecidos são aqueles que foram gravados em pedra.

Moisés ficou no monte por 40 dias. Antes de descer, Deus explicou o quarto mandamento com mais detalhes. Esse mandamento já era o mais longo dos dez. Claramente, Deus queria que ele fosse compreendido (Êxodo 31:13).

Um sinal é um objeto ou símbolo que nos lembra de algo ou de alguém. Quando Deus quis explicar o Sábado com mais detalhes, disse a Moisés para descrevê-lo como um sinal. O Sábado não é especial simplesmente porque é um dia de descanso; ele é especial por causa do que simboliza. Então, o que ele representa? Deus disse que é um sinal de que Ele é quem nos santifica, que Ele é quem nos torna santos.

Esse dia nos convida a descansar em Cristo, confiar Nele e colocar nosso relacionamento com Ele como a prioridade máxima em nossa vida.

Terça, 2 de Setembro

Se o Sábado é um sinal da justiça pela fé, por que Deus insiste tanto que o guardemos de forma tão precisa? Se é apenas um sinal, será que é realmente tão importante? Essas são duas perguntas comuns que muitas pessoas têm. Os eventos descritos em Números 15:32–36 abordam claramente essa questão. Nesta breve história, um homem israelita foi encontrado apanhando lenha no Sábado. Deus havia sido muito claro que eles não deveriam trabalhar no Sábado, nem mesmo sair para coletar maná para comer (Êxodo 16:22–30). Assim, quando esse homem saiu no Sábado para coletar lenha, ele o fez em direta rebelião contra Deus. As ações do homem ao quebrar o quarto mandamento simbolizavam um problema maior.

Para ilustrar, vamos voltar à ideia de pessoas apaixonadas. Imagine-se apaixonado. Suponha que a pessoa com quem você está namorando diga um dia: “Essa é a nossa música!” Se você estiver realmente envolvido com essa pessoa, é provável que responda: “Eu não gosto dessa música. Vamos escolher outra?” Não! Você provavelmente concordaria — com alegria! Então, toda vez que ouvir a música depois disso, pensará na pessoa amada.

Quando o homem israelita escolheu recolher lenha no dia de Sábado, ele fez uma declaração sobre seu relacionamento com Deus para todos os que o viram. Essa declaração foi: “Eu não confio no Deus de Moisés que tem nos guiado. Eu não quero depender Dele.” Se você pensar bem, uma pessoa só apanha lenha no deserto por dois motivos básicos: para se aquecer à noite ou para cozinhar comida.

Deus já havia providenciado para ambas as necessidades. Ele tinha dado a coluna de fogo à noite para mantê-los aquecidos (Êxodo 13:22), e tinha providenciado maná como alimento que 1. não precisava ser cozido, e 2. permaneceria fresco quando recolhido na sexta-feira para ser comido no Sábado.

Ao sair para recolher lenha, o homem estava declarando publicamente que não gostava nem aceitava que Deus provesse para ele. É como dizer à pessoa que você ama: “Eu não gosto da sua música!” Isso sinaliza um relacionamento quebrado. No deserto, uma pessoa não pode sobreviver sem comida e abrigo. Da mesma forma, não podemos sobreviver fora de um relacionamento com Deus.

Quarta, 3 de Setembro

O que Como Jesus ‘’reformulou’’ o Sábado, afastando-o da rigidez e do peso que haviam colocado sobre esse mandamento? Você também precisa viver uma nova experiência com o Sábado?

Se você foi criado observando o Sábado, quais são suas primeiras lembranças desse dia especial?

Quando criança, como você via o Sábado? Suas percepções mudaram ao longo dos anos? Como?

Você já teve a oportunidade de compartilhar o significado do Sábado com alguém que não está familiarizado com ele? Como foi essa experiência?

Quais princípios orientam suas escolhas sobre como guardar o Sábado? O que torna sua observância pessoal e única?

Quais mal-entendidos sobre o Sábado você já encontrou, tanto entre aqueles que o observem quanto entre os que não o fazem?

Compare suas respostas com os textos bíblicos a seguir. Como esses versículos nos ajudam a entender melhor o mandamento do Sábado?

• O Sábado lembrado e reforçado: Deuteronômio 5:12-15; Isaías 58:8-14

• Jesus sobre o Sábado: Marcos 1:21-34; Lucas 5:16-22

• O Sábado como símbolo: Ezequiel 20:12, 20; Hebreus 4:1-9

Quinta, 4 de Setembro

Séculos depois do cativeiro babilônico, já no tempo de Jesus, os fariseus haviam estabelecido regras bastante detalhadas para garantir que o Sábado fosse rigorosamente guardado, o que gerou muitos conflitos entre Jesus e os líderes religiosos.

Mateus 12 conta uma história que exemplifica os ensinamentos de Jesus em relação ao Sábado. Porque os discípulos de Jesus estavam com fome em um Sábado, eles colheram algumas espigas enquanto passavam por um campo, debulharam-nas com as mãos e comeram. Os fariseus confrontaram Jesus sobre isso, pois, segundo a lei deles, acreditavam que essas ações constituíam trabalho (Mateus 12:2). Para surpresa deles, Jesus defendeu Seus discípulos e, ao fazê-lo, destacou vários pontos importantes.

Jesus citou Oséias 6:6: “Misericórdia quero, e não sacrifício”, indicando a prioridade da compaixão sobre rotinas religiosas vazias. Ele então sustentou essa antiga ideia com uma afirmação nova e ousada: “Porque o Filho do Homem até do Sábado é Senhor” (Mateus 12:8). Com essa declaração, Jesus Se colocou acima do Sábado. Aqui, Ele reivindicou ser o Criador do mundo.

Mateus então conecta essa história diretamente com uma cura realizada no Sábado. Um homem com a mão ressequida estava na sinagoga mais tarde naquele mesmo Sábado. Jesus desejava curar o homem, mas sabia que os fariseus estavam esperando para acusá-Lo de quebrar o Sábado. Jesus lembrou à audiência que qualquer um deles ajudaria uma ovelha que tivesse caído em um buraco no Sábado. Com esse exemplo, Jesus concluiu: “Logo, é lícito fazer bem no Sábado”.

Muitas pessoas hoje que desejam guardar o Sábado de forma santa lutam para decidir o que pode ser feito no Sábado. A declaração de Jesus oferece orientação. É lícito fazer o bem no Sábado. Contudo, isso pode não responder a todas as perguntas sobre o que deve ser feito no Sábado. Outras passagens da Bíblia estabelecem princípios para a observância do Sábado, mas talvez a Bíblia não detalhe cada aspecto da guarda do Sábado porque o Sábado é um sinal.

Se lembrarmos do princípio de que o Sábado serve como símbolo ou sinal, então, ao encontrarmos áreas específicas que a Bíblia não aborda, podemos perguntar: “Essa atividade simboliza meu relacionamento com Deus?” Em última análise, o que Jesus deseja é um relacionamento com a humanidade, baseado na confiança Nele como o Cordeiro de Deus. O Sábado proporciona uma oportunidade semanal para celebrar e fortalecer esse relacionamento.

Sexta, 5 de Setembro

“Se a fome excessiva desculpou Davi por violar até mesmo a santidade do santuário, e fez com que seu ato fosse isento de culpa, quanto mais desculpável era o simples ato dos discípulos de colher espigas e comê-las no dia de Sábado. Jesus queria ensinar a Seus discípulos e a Seus inimigos que o serviço de Deus era, acima de tudo, prioritário; e, se fadiga e fome acompanhassem a obra, era correto satisfazer as necessidades da humanidade, mesmo no dia de Sábado. Essa instituição sagrada não foi dada para interferir com as necessidades do nosso ser, trazendo dor e desconforto em vez de bênção. ‘O Sábado foi feito por causa do homem’ (Marcos 2:27), para lhe dar descanso e paz, e lembrá-lo da obra do seu Criador, não para ser um fardo pesado.

“O trabalho feito no templo no Sábado estava em harmonia com a lei; no entanto, o mesmo labor, se empregado em negócios comuns, seria uma violação dela. O ato de colher e comer grãos para sustentar a força física, a fim de ser usada no serviço de Deus, era correto e lícito. Jesus então coroou Seu argumento declarando-Se o ‘Senhor do Sábado’ (Mateus 12:8) — Alguém acima de toda questão e acima de toda lei. Este Juiz Infinito absolve os discípulos de qualquer culpa, apelando para os próprios estatutos que eles eram acusados de violar.

“Mas Jesus não deixou o assunto encerrar-se sem administrar uma repreensão a Seus inimigos. Ele declarou que, em sua cegueira, eles haviam interpretado erroneamente o propósito do Sábado. Disse Ele: ‘Se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes.’ Ele então contrastou seus muitos ritos sem coração com a integridade sincera e o amor terno que deveriam caracterizar os verdadeiros adoradores de Deus: ‘Porque eu quero misericórdia, e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos. Mas eles transgrediram o concerto, como Adão; ales foram infiéis a mim’ (Oséias 6:6, 7).

“Jesus foi criado entre esse povo, tão marcado pelo fanatismo e preconceito; e, portanto, Ele sabia que, ao curar no Sábado, seria considerado um transgressor da lei. Estava ciente de que os fariseus se apoderariam de tais atos com grande indignação, e assim procurariam influenciar o povo contra Ele. Sabia que eles usariam essas obras de misericórdia como argumentos fortes para afetar a mente das massas, que durante toda a vida estiveram presas pelas restrições e exigências judaicas. No entanto, esse conhecimento não O impediu de derrubar o insensato muro de superstição que barricava o Sábado, e de ensinar aos homens que a caridade e a benevolência eram lícitas em todos os dias” (Ellen G. White, Signs of the Times, 30 de novembro de 1876).