A CASA DE DEUS

Sábado, 6 de Setembro

VERSO PARA MEMORIZAR:


Leituras da semana:
Êxodo 25
Apartir do Título, e do estudo da semana, anote suas impressões sobre o que se trata a lição:

Pesquise: em comentários bíblicos, livros denominacionais e de Ellen G. White sobre temas neste texto: Êxodo 25

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 13 de Setembro.

Domingo, 7 de Setembro

Ter um amigo no bairro é uma das experiências mais empolgantes que um jovem pode vivenciar. Sim, pais e irmãos são ótimos, mas nada supera ter um bom amigo—especialmente um que mora perto o suficiente para que você possa correr até a casa dele.

Amizades genuínas não podem ser forçadas; elas precisam ser livremente oferecidas e livremente recebidas. Elas parecem acontecer espontaneamente. O que é surpreendente é que Deus quer estabelecer esse mesmo tipo de relacionamento conosco. No entanto, Ele tem um grande problema: muitas vezes, não vemos as coisas da mesma forma que Ele. Vivemos a vida de maneira diferente. Frequentemente, ficamos presos ao fato de que nem conseguimos vê-Lo.

Apesar dessas limitações, Deus tem trabalhado ao longo da história para se tornar parte de nossas vidas. Depois de mostrar Seu poder por meio das pragas e do livramento no Mar Vermelho, Ele revelou Seus valores e princípios fundamentais por meio dos Dez Mandamentos. Mesmo tudo isso ainda não era suficiente para Ele. Deus havia estabelecido uma aliança, ou relacionamento, com os israelitas, e queria uma maneira de manter esse relacionamento.

Para conseguir isso, Deus mandou Moisés dizer ao povo que aqueles que estivessem dispostos deveriam doar materiais para a construção da casa de Deus. Mesmo nesse primeiro mandamento, Deus mostrou Seu objetivo ao construir Seu santuário: cultivar um relacionamento com Seu povo. É por isso que Ele não exigiu que todo israelita participasse das doações.

“De todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada” (Êxodo 25:2). Dar era apenas para aqueles cujos corações estivessem motivados a dar. Deus estava procurando construir uma casa ao lado, e Ele iria depender de Seu relacionamento com os israelitas para fornecer os materiais de construção.

Segunda, 8 de Setembro

Deus disse a Moisés que o propósito do santuário era para que Deus pudesse habitar com Seu povo (Êxodo 25:8). Por que Ele precisava de uma estrutura para Sua presença? Deus não precisa de uma casa para se proteger do mundo exterior como nós, mas Ele frequentemente interage conosco em contextos que possamos compreender. Talvez, ao ter uma tenda ou morada para Deus, Seu povo pudesse experimentar Sua presença de maneira mais concreta. Isso era especialmente importante, já que eles não podiam vê-Lo fisicamente. Não ver a Deus é um desafio para os seres humanos, já que nosso principal sentido é a visão. Ter um santuário como o local físico da presença de Deus lembrava os israelitas de confiar Nele.

Além de ser um lugar de revelação, um lugar onde se podia experimentar a presença de Deus, o santuário também funcionava como um lugar de ocultação. O poder de Deus havia sido totalmente revelado quando Ele falou os Dez Mandamentos aos israelitas. Eles ficaram tão apavorados com a voz de Deus que pediram para Moisés ser o porta-voz de Deus. O santuário era um lugar onde Deus podia estar próximo enquanto também velava Seu poder, para que os seres humanos se sentissem seguros.

Os rituais do santuário simbolizavam a promessa de Deus de perdão e restauração. Por meio desses símbolos, Deus forneceu uma garantia de que perdoaria o pecado e reconciliaria consigo os pecadores arrependidos. O santuário fornece um modelo que mostra às pessoas de todas as gerações como Deus remove o pecado.

Devido à grandiosidade dos propósitos do santuário – revelar, ocultar e restaurar -, era fundamental que os israelitas construíssem essa estrutura com excelência. Esse local deveria ser verdadeiramente especial. Após as ofertas do povo, Deus escolheu Bezalel para ser o responsável pela construção (Êxodo 31:2–5). Deus capacitou Bezalel e muitos outros artesãos com sabedoria e habilidade para concluir esse projeto de construção. O Espírito de Deus os encheu com a capacidade de trabalhar com metais preciosos, joias e vestes finas, e moveu os corações do povo para que fornecessem todos os materiais necessários para realizar esse projeto.

Terça, 9 de Setembro

A casa de Deus era uma estrutura física que incluía um teto, paredes e suportes de madeira para manter tudo unido. O cômodo mais interior do santuário era chamado de o Lugar Santíssimo (Êxodo 26:33). O que tornava esse cômodo, que era um cubo medindo dez côvados em cada direção (largura, comprimento e altura), tão santo? Sua santidade vinha do que, ou de Quem, residia nele. Por trás do véu que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo havia uma única peça de mobília: a arca da aliança.

A coisa mais significativa sobre esse cômodo oculto era que ali residia a presença de Deus. Mais tarde, na história judaica, a palavra “Shekhinah” foi usada para descrever a presença de Deus sobre a arca da aliança. Essa palavra se refere à habitação de Deus. Enquanto os egípcios tinham templos impressionantes com uma sala interior “santo dos santos” —assim como outros povos cananeus—esses templos abrigavam ídolos representando os deuses aos quais o templo era dedicado. Em contraste, o santuário de Deus entre os israelitas não deveria conter nenhum ídolo ou representação da sua Divindade. Deus foi muito claro sobre isso, tendo feito dos ídolos o foco do segundo mandamento (Êxodo 20:4–6). O santuário israelita tinha algo muito maior: a própria presença de Deus. Esse seria o local onde Deus se encontraria com Seu povo. Ele não estava longe deles. Quando os israelitas vinham adorar em Sua casa, Ele estava fisicamente presente ali.

Essa ênfase na presença pessoal pode ser o motivo pelo qual Deus mais tarde ordenou que os israelitas oferecessem seus sacrifícios em um único local predeterminado (Deuteronômio 12:5–14). O santuário não era apenas um edifício para abrigar um ídolo esculpido; era a morada do único Deus verdadeiro, e isso o tornava sagrado. Isso nos ajuda a entender incidentes posteriores, como quando Nadabe e Abiú ofereceram presunçosamente “fogo estranho” no santuário e foram mortos (Levítico 10:1, 2).

Embora Ele habitasse no meio do povo, Deus não deveria ser visto com olhos humanos. Mais tarde, quando Deus compartilhou com Moisés como os serviços do santuário deveriam ser conduzidos, os sacerdotes foram estritamente proibidos de entrar no Lugar Santíssimo, exceto o sumo sacerdote, uma vez ao ano, e apenas seguindo rígidos protocolos (Levítico 16:2). Deus morava ali, mas ver um poder santo tão puro é mortal para o homem caído. Na presença de Deus há uma glória e poder avassaladores que fazem até os anjos cobrirem seus rostos (ver Isaías 6:2).

Quarta, 10 de Setembro

Por que você acha que Deus queria apenas ofertas voluntárias para o santuário e não algo imposto ou forçado? O que isso nos ensina sobre a salvação? (Êxodo 25:2)

Por que o Espírito de Deus era necessário para realizar um trabalho de construção? O que isso nos diz sobre tarefas que, às vezes, consideramos comuns? (Êxodo 31:2-5)

Como Jesus cumpriu o propósito do santuário? (João 1:14)

Embora as igrejas cristãs não sejam paralelos diretos com o santuário do Antigo Testamento, como podemos ajudar nossas igrejas a se tornarem lugares em que as pessoas possam sentir a presença de Deus?

Como podemos experimentar o propósito do Lugar Santíssimo hoje? (Êxodo 25:21, 22)

Compare suas respostas com os textos bíblicos a seguir. Como eles ajudam a explicar ainda mais o significado da presença de Deus no santuário?

• Deus habitando no meio de Seu povo: 1 Reis 6:12, 13; Ezequiel 37:26-28; Zacarias 2:10-12; 2 Coríntios 6:16; Apocalipse 21:22

• Restaurando a santidade do templo: Mateus 21:12, 13; João 2:14-17

Quinta, 11 de Setembro

O Evangelho de João apresenta talvez a mais completa expressão da identidade de Jesus. João começou seu Evangelho com as palavras: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1:1). O apóstolo João apresentou Jesus ao leitor de uma forma única. Ele não começou com uma genealogia como Mateus ou Lucas para conectar o leitor à identidade de Jesus como o Filho do Homem. Em vez disso, João focou na Pessoa divina de Cristo.

Os profetas haviam apresentado a Palavra de Deus ao longo das Escrituras Hebraicas. Com a vinda de Jesus, a Palavra se fez carne. Deus veio viver com a humanidade, não escondido atrás de um véu como no santuário que Moisés construiu. Ao continuarmos lendo a introdução de João, descobrimos que Deus agora está à vista. Ele veio para interagir pessoalmente conosco. Ele se tornou homem, um de nós: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1:14).

Com esta declaração poderosa, João direcionou o leitor da história de Jesus de volta à história do desejo de Deus de habitar com Seu povo no deserto. João disse que Jesus se fez carne e viveu entre nós. O plano mais completo de Deus foi colocado à mostra. Ele não veio apenas para ser nosso vizinho, mas sim para se tornar humano. Deus se tornou humano e derrubou as barreiras entre o Divino e o humano.

No livro de Hebreus, Paulo explicou por que Deus teve que se tornar humano: somente tornando-se um de nós Jesus poderia se identificar plenamente conosco. “Porque, assim o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um; por isso não se envergonha de lhes chamar irmãos” (Hebreus 2:11). Ao se tornar humano, Jesus se tornou um conosco (Hebreus 2:17, 18).

Deus Se humilhou ao nosso nível para demonstrar Seu profundo amor de uma forma que pudéssemos entender. Como Alguém que sofreu rejeição, tentação e tristeza em primeira mão, Ele realmente entende as lutas que enfrentamos.

Sexta, 12 de Setembro

"E além do segundo véu estava a santa Shekhinah, a manifestação visível da glória de Deus, diante da qual ninguém, exceto o sumo sacerdote, podia entrar e sobreviver.

O esplendor incomparável do tabernáculo terrestre refletia à visão humana as glórias daquele templo celestial onde Cristo, nosso precursor, ministra por nós diante do trono de Deus. A morada do Rei dos reis, onde milhares de milhares O servem, e milhões de milhões estão diante Dele (Daniel 7:10); esse templo, cheio da glória do trono eterno, onde serafins, seus guardiões resplandecentes, velam seus rostos em adoração, podia encontrar, na mais magnífica estrutura jamais erguida por mãos humanas, apenas um tênue reflexo de sua vastidão e glória" (Ellen G. White, O Grande Conflito [2021], p. 351).

"Durante séculos os judeus procuraram em vão demonstrar como se cumprira a promessa de Deus dada por Ageu; contudo, o orgulho e a incredulidade cegaram-lhes o entendimento quanto ao verdadeiro significado das palavras do profeta. O segundo templo não foi honrado com a nuvem da glória de Jeová, mas com a presença viva Daquele em quem habitava corporalmente toda a plenitude da Divindade (Colossenses 2:9) - que era o próprio Deus manifestado em carne. O 'Desejado de todas as nações' havia realmente chegado ao Seu templo quando o Homem de Nazaré ensinava e curava nos pátios sagrados. Na presença de Cristo, e somente nela, o segundo templo superava o primeiro em glória. Mas Israel rejeitara o Dom oferecido do Céu. Com o humilde Mestre que naquele dia saíra por seu portão dourado, a glória havia para sempre deixado o templo. Já estavam sendo cumpridas as palavras do Salvador: 'Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta'" (Mateus 23:28)’ (ibid, p. 18, 19)’.

"A Shekhinah havia se retirado do santuário, mas na Criança de Belém estava velada a glória diante da qual os anjos se curvam. Esse inconsciente bebê era a semente prometida, a quem o primeiro altar à porta do Éden apontava. Esse era Siló, o doador da paz. Foi Ele quem Se declarou a Moisés como o EU SOU. Foi Ele quem, na coluna de nuvem e de fogo, havia sido o guia de Israel. Esse era Aquele a quem os videntes há muito predisseram. Ele era o Desejado de todas as nações, a Raiz e a Geração de Davi, e a Resplandecente Estrela da Manhã. O nome daquele indefeso bebê, inscrito no registro de Israel, declarando-O nosso irmão, era a esperança da humanidade caída.

A criança por quem fora pago o dinheiro da redenção era Aquele que pagaria o resgate pelos pecados de todo o mundo. Ele era o verdadeiro 'sumo sacerdote sobre a casa de Deus', o cabeça de 'um sacerdócio imutável', o intercessor à 'destra da Majestade nas alturas.' Hebreus 10:21; 7:24; 1:3" (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [2021], p. 33).