O Cordeiro de Deus
Quinta, 18 de SetembroEmbora Deus tenha dito a Moisés que ele não poderia morrer pelos pecados do povo, o mesmo não era verdade para o Filho de Deus. Desde o princípio, o objetivo de Jesus era morrer por nossos pecados. Quando João viu Jesus caminhando em sua direção enquanto estava junto ao rio, ele disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). Como ilustrado nos sacrifícios diários do santuário (Êxodo 29:38), o Cordeiro de Deus veio com um único propósito: morrer. Mas por que Jesus teve que morrer?
Jesus veio ao nosso mundo como a resposta de Deus ao engano da serpente. No Jardim do Éden, Eva foi enganada a não confiar em Deus. O pecado dela foi o mesmo que o dos israelitas no Monte Sinai. Quando Deus não estava visivelmente presente, eles perderam a confiança em Sua palavra. Quando a confiança é quebrada, é muito difícil restaurá-la. O plano da salvação, estabelecido antes da criação do mundo, era o método de Deus para restaurar a confiança com a humanidade.
É por isso que a questão da identidade de Cristo era tão crucial. Ao longo da história de Jesus nos quatro Evangelhos, a pergunta mais importante é: “Quem dizem os homens que eu sou?” (Marcos 8:27). Jesus veio como a resposta de Deus à acusação feita contra Ele por ateus modernos de que “O Deus do Antigo Testamento é, indiscutivelmente, o personagem mais desagradável de toda ficção: ciumento e orgulhoso disso; mesquinho, injusto, controlador implacável; um étnico vingativo e sedento de sangue, um limpador étnico; misógino, homofóbico, racista, infanticida, genocida, filicida, pestilento, megalomaníaco, sadomasoquista, caprichosamente malévolo e valentão” (Deus, um Delírio [São Paulo: Companhia das Letras, 2007], p. 43).
A mentira que foi acreditada no Jardim do Éden é que Deus não age pensando em nosso melhor interesse. Jesus veio para responder às acusações contra o caráter de Deus e para demonstrar o amor altruísta de Deus. Embora Ele tremesse diante do preço que tinha de pagar (Mateus 26:37–39), Aquele que não conhecia princípio estava pronto para sacrificar tudo para salvar aqueles que O pregariam na cruz. Moisés pediu para ter seu nome apagado do livro da vida — ele estava disposto a sofrer a segunda morte que os ímpios experimentarão (Êxodo 32:32; Apocalipse 20:14, 15), mas só Jesus podia pagar esse preço – e Ele o fez.