Resistindo à vontade de Deus
Sexta, 8 de Agosto"Deus não fez Faraó obstinado e inflexível. Ele continuou a dar-lhe luz, e a crescente obstinação do rei trouxe seu resultado inevitável. Ao resistir à vontade de Deus, semeiam-se sementes de desobediência, e colhe-se uma safra de mal. Uma semente de incredulidade gera outra e mais forte. Pela submissão à vontade de Deus, semeiam-se sementes que produzirão uma rica colheita de bem. A semente que é semeada é a semente colhida; pois a semente se reproduz. 'Porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará' (Gálatas 6:7). Como agentes responsáveis, todos estão decidindo por si mesmos qual será sua colheita.
"Deus nunca instiga ninguém à maldade. Ele nunca leva o homem a tornar-se desesperado em sua rebelião. Ele não quer que nenhum pereça, mas que todos se salvem. Mas Ele não força ninguém a aceitar a luz. Se, depois de longa paciência com o homem, Deus vê que ele não se submeterá, deixa-o entregue ao seu natural ódio. Entrega-o ao pior de todos os tiranos — a si mesmo" (Ellen G. White, The Youth's Instructor, 25 de maio de 1899).
"O Senhor disse a Moisés: 'Quando voltares ao Egito, atenta que faças diante de Faraó todas as maravilhas que tenho posto na tua mão; mas eu endurecerei o seu coração, para que não deixe ir o povo' (Êxodo 4:21). Isto é, a exibição do poder onipotente diante de Faraó, sendo por ele rejeitada, torná-lo-ia mais duro e firme em sua rebelião. Mas o Senhor governaria o curso deste monarca arrogante, de modo que sua obstinação e perversidade fizessem o nome de Deus ser engrandecido perante os egípcios e também perante o Seu povo" (Ellen G. White, The Signs of the Times, 26 de fevereiro de 1880).
"Não que Deus o houvesse criado para esse fim, mas Sua providência havia dirigido os acontecimentos para colocá-lo no trono exatamente no tempo designado para a libertação de Israel. Embora este tirano arrogante houvesse, por seus crimes, perdido o direito à misericórdia de Deus, sua vida fora preservada para que, por meio de sua obstinação, o Senhor pudesse manifestar Seus prodígios na terra do Egito. A disposição dos acontecimentos pertence à providência de Deus. Ele poderia ter colocado no trono um rei mais misericordioso, que não ousaria resistir às poderosas manifestações do poder divino. Mas, nesse caso, os propósitos do Senhor não teriam sido cumpridos" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [2022], p. 222).