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Sábado, 9 de Agosto

VERSO PARA MEMORIZAR:


Leituras da semana:
Êxodo 11; Êxodo 12; Êxodo 13.
Apartir do Título, e do estudo da semana, anote suas impressões sobre o que se trata a lição:

Pesquise: em comentários bíblicos, livros denominacionais e de Ellen G. White sobre temas neste texto: Êxodo 11; Êxodo 12; Êxodo 13.

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 16 de Agosto.

Domingo, 10 de Agosto

Você já esperou ansiosamente por algo grande, talvez até mesmo algo que mudaria sua vida? Como foi isso? Você teve que esperar muito tempo? Os israelitas estavam esperando por liberação há tanto tempo que muitos haviam desistido da esperança e pensavam que isso nunca aconteceria. Então, abruptamente, tudo mudou em algumas poucas semanas. O destino deles foi reescrito. Não mais escravos, eles repentinamente estavam livres.

O Êxodo é, sem dúvida, um dos eventos mais cruciais em toda a história de Deus e do Seu povo. No entanto, devido à natureza catastrófica das pragas, muitos estudantes da história bíblica se veem perturbados pela confusão em que Deus se envolveu. Pessoas morreram, e, como o texto diz, a mão de Deus estava profundamente envolvida. Na busca por compreensão, devemos lembrar que essa história aconteceu no mundo antigo, que era um cenário muito diferente do mundo de hoje.

A vida das pessoas antigas era governada pelo medo e admiração de vários deuses. Esses deuses estavam no cerne da guerra, conquista e dominação de outros povos. Para o Deus dos hebreus aparecer e se envolver diretamente não era algo inesperado. A luta dos israelitas por liberdade se tornou um confronto sobre quem servia ao Deus mais poderoso.

As pessoas hoje questionam o motivo pelo qual Deus causou tamanha destruição generalizada na praga final sobre o Egito, mas os antigos esperavam tais eventos. Desde o início, Deus havia dito a Moisés: “E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando estender a minha mão sobre o Egito e tirar os filhos de Israel do meio deles” (Êxodo 7:5).

Esse tema é crucial para entender a manifestação do poder de Deus contra os egípcios ao longo das pragas, especialmente na praga da Páscoa. Seu plano era que os egípcios soubessem quem Ele é. Esse é um ponto tão crucial, mas frequentemente esquecido. Conhecer a Deus é experimentar a salvação, e a história do Êxodo exemplifica isso.

Segunda, 11 de Agosto

Desde o primeiro encontro com Moisés, Deus prometeu que as negociações com o Faraó acabariam resultando na libertação dos escravos israelitas (Êxodo 3:10). Aquele momento havia chegado. Deus começou dizendo a Moisés que haveria apenas mais uma praga, após a qual o Faraó os expulsaria do Egito. Para se prepararem, os israelitas deveriam pedir bens materiais aos seus vizinhos egípcios. Então, lemos uma declaração muito importante: "Além disso, o homem Moisés era muito grande na terra do Egito, aos olhos dos servos de Faraó e aos olhos do povo" (Êxodo 11:3). O profeta de Deus havia se tornado uma voz altamente respeitada entre os egípcios, desde os da classe mais baixa até os que trabalhavam na corte do Faraó.

Essa declaração sugere que, quando Moisés anunciou as instruções para escapar da última praga, não havia limitação sobre quem poderia ser salvo. O filho do Faraó já estava sob ameaça de morte mesmo antes das pragas começarem (Êxodo 4:23), mas agora um meio de escape havia sido oferecido. As casas dos israelitas que se preparassem para a Páscoa também poderiam se tornar casas de salvação para os egípcios.

Os preparativos para a noite da morte eram muito específicos. O momento da praga da Páscoa foi anunciado com antecedência para que ninguém ficasse despreparado. Deus instruiu os israelitas a selecionar um cordeiro no décimo dia do mês. O cordeiro deveria ser sem defeito e com um ano de idade (Êxodo 12:5). Todas as famílias deveriam sacrificar seus animais ao mesmo tempo: ao crepúsculo do décimo quarto dia do mês. O sangue do cordeiro morto deveria ser aplicado nos umbrais das portas de suas moradias. A carne deveria ser assada e comida durante a noite, e, enquanto comiam, o povo deveria estar vestido para partir imediatamente (v. 11). Deus disse a Moisés que aquela noite marcaria o início do calendário israelita (v. 2) e daria início a uma importante tradição anual para os israelitas, chamada Festa dos Pães Ázimos.

Deus estava começando a conduzir Seu povo à Terra Prometida, mas a importância do evento ia muito além apenas daquelas pessoas naquela noite. Deus estava estabelecendo uma celebração anual que serviria tanto para lembrar os israelitas de sua libertação da escravidão quanto para ensiná-los sobre o plano supremo de Deus para sua salvação eterna e libertação do pecado.

Terça, 12 de Agosto

Na noite designada, os israelitas, junto com talvez alguns egípcios e outros estrangeiros (Êxodo 12:38), abrigaram-se em suas casas, prepararam rapidamente a refeição da Páscoa e vestiram-se para partir. O ar estava carregado de excitação. Então, à meia-noite, a praga da morte varreu todo o Egito. Os egípcios que antes haviam matado os bebês meninos israelitas (Êxodo 1:22) agora enfrentavam a morte de seus próprios primogênitos (Êxodo 12:29). Exceto pelas casas cobertas pelo sangue, a morte chegou ao primogênito de cada família. Os israelitas mal podiam acreditar quando seus senhores imploraram que saíssem. Eles sobrecarregaram os hebreus que partiam com presentes, insistindo que fossem embora o mais rápido possível (Êxodo 12:33–36).

Muitos perguntam por que Deus enviou pragas tão severas, com tamanha destruição e morte generalizadas. Se prestarmos atenção ao longo da narrativa, veremos que Deus responde a essa pergunta, repetindo-Se várias vezes: "E os egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando estender a minha mão sobre o Egito e tirar os filhos de Israel do meio deles" (Êxodo 7:5). Embora Deus desejasse libertar os hebreus da escravidão, Ele queria especialmente que todos soubessem que Ele é Deus. Sua afirmação de ser o único Deus verdadeiro estava em jogo. Por isso Ele disse a Faraó: "Nisto saberás que eu sou o Senhor" (Êxodo 7:17). Havia um debate muito real sobre quem Deus é, e essas pragas foram projetadas para resolver essa questão.

Outra razão para as pragas era o desejo de Deus de que os israelitas conhecessem Seu verdadeiro poder e contassem Seus milagres por muitas gerações (Êxodo 10:1, 2). Os escravos hebreus precisavam redescobrir quem é o Senhor. Deus usou as pragas para combater toda a idolatria a que haviam sido expostos durante os anos de cativeiro.

No fim, a escravidão do povo hebreu aos egípcios foi transformada em adoração a Deus.

Por fim, Deus queria ensinar a toda a raça humana que a rebelião contra Ele leva à morte. Essa realidade é difícil de aceitar e, às vezes, tão difícil de explicar. Nossa desobediência é a razão pela qual Deus teve que enviar Seu próprio Filho para morrer por nós antes que a humanidade pudesse ver plenamente a degradação a que a rebelião leva. Correspondentemente, a cruz também revelou até que ponto o amor de Deus irá para nos resgatar.

Quarta, 13 de Agosto

Não. O mundo não gira ao nosso redor. E é por isso que as coisas vão muito além do que podemos entender ou perceber á primeira vista. Não podemos nos apegar às circunstâncias porque, além de passageiras, elas são apenas um recorte da realidade, enquanto há um todo acontecendo fora do nosso alcance.

Isso nem sempre vai nos consolar, mas pode nos ajudar a manter a fé. Assim como a morte dos primogênitos parecia crueldade, bem como a de um cordeiro inocente; assim como nem todo símbolo fazia sentido de imediato, mas para nós, hoje, é compreensível, do mesmo modo Deus está agindo, ainda que nem sempre entendamos.

Como os seguintes versículos ajudam a compreender melhor a morte dos primogênitos, a libertação dos israelitas e o significado do cordeiro?

• A punição pela morte: Gênesis 2:16, 17; Gênesis 19:13; Números 33:4; Ezequiel 33:11

• A salvação dos primogênitos: Números 8:17; Romanos 8:29

• Jesus, nosso Cordeiro pascal: Isaías 53:6-12; 1Coríntios 5:7, 8

Quinta, 14 de Agosto

A morte dos primogênitos atingiu tanto hebreus quanto egípcios que não estavam cobertos pelo sangue do sacrifício da Páscoa. Foi devastador para aqueles que não creram na palavra de Deus e não seguiram Suas instruções. Suas mortes prefiguraram o que o próprio Deus haveria de suportar.

Tudo isso foi feito para trazer à luz a extraordinária promessa de Deus de um dia sacrificar Seu Filho primogênito para salvar toda a humanidade e levá-la à celestial Terra Prometida. O Evangelho de João nos diz que Jesus foi pendurado na cruz numa sexta-feira. Este era o Dia da Preparação para o Sábado, mas também era a Páscoa, o primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento (João 18:28).

Assim, quando Jesus morreu como o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (João 1:29), Ele morreu como o Cordeiro Pascal (1 Coríntios 5:7). Marcos registra que Jesus morreu por volta da hora nona (Marcos 15:33–37), o que coloca Sua morte exatamente no momento em que os sacerdotes sacrificariam seus cordeiros enquanto o povo se preparava para celebrar a Páscoa. Jesus é nosso Cordeiro Pascal.

João não apenas especifica o momento da morte de Cristo, mas também introduz outro motivo da Páscoa. Conforme descrito nas instruções da Páscoa, os hebreus deveriam aplicar o sangue dos cordeiros sacrificados nos umbrais e vergas de suas casas. Moisés especificara que usassem um "molho de hissopo" para aplicar o sangue (Êxodo 12:22). A planta de hissopo aparece novamente no relato de João sobre a crucificação de Cristo; foi usada para dar a Jesus Seu último gole. Quando Jesus percebeu que o fim havia chegado, clamou que estava com sede. João diz que os soldados deram a Jesus "vinho azedo" para beber, levado aos Seus lábios num caniço de hissopo (João 19:29). Jesus suportou o que o povo no Egito experimentara: a ira de Deus contra os que rejeitam Sua oferta de salvação.

Jesus é nosso Cordeiro Pascal. Ele bebeu o vinho da ira de Deus para que nós não precisássemos fazê-lo. Ele veio para mostrar aonde leva a rebelião contra Deus. Os judeus, o próprio povo que Deus salvara da escravidão egípcia, O desprezaram tanto que O entregaram a uma morte cruel. Aqui, Deus usou o momento mais baixo da humanidade como oportunidade para demonstrar Seu amor incomparável.

Sexta, 15 de Agosto

‘’Em comemoração a esse grande livramento, uma festa devia ser observada anualmente pelo povo de Israel, em todas as gerações futuras. ’Este dia vos será por memória, e o celebrareis como solenidade ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.’ Ao observarem essa festa nos anos futuros, deviam repetir aos filhos a história desse grande livramento, conforme Moisés lhes ordenou: ‘Respondereis: É o sacrifício da Páscoa do Senhor, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas’ (Êxodo 12:14, 27).

"Além disso, os primogênitos tanto dos homens como dos animais deveriam ser do Senhor, para serem resgatados apenas por um preço, em reconhecimento de que quando os primogênitos no Egito pereceram, os de Israel, embora graciosamente preservados, haviam sido justamente expostos ao mesmo destino, não fosse pelo sacrifício expiatório. 'Todos os primogênitos são Meus', declarou o Senhor; 'porque no dia em que feri todos os primogênitos na terra do Egito, santifiquei para Mim todos os primogênitos em Israel, tanto dos homens como dos animais: serão Meus', Números 3:13.

Após a instituição do serviço do tabernáculo, o Senhor escolheu para Si a tribo de Levi para o trabalho do santuário, em lugar dos primogênitos do povo. 'Eles são inteiramente dados a Mim dentre os filhos de Israel', disse Ele. 'Em lugar dos primogênitos de todos os filhos de Israel, os tomei para Mim.' Números 8:16. No entanto, todo o povo ainda era obrigado, em reconhecimento à misericórdia de Deus, a pagar um preço de resgate pelo filho primogênito. Números 18:15, 16" (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [2022], p. 230).

"Antes de obterem a liberdade, os escravos deveriam demonstrar sua fé no grande livramento prestes a ser realizado. O sinal do sangue deveria ser colocado em suas casas, e eles deveriam separar-se a si mesmos e suas famílias dos egípcios, reunindo-se dentro de suas próprias moradias. Se os israelitas tivessem desconsiderado em qualquer particular as direções dadas a eles, se tivessem negligenciado em separar seus filhos dos egípcios, se tivessem matado o cordeiro, mas falhado em marcar a verga da porta com sangue, ou se alguém tivesse saído de suas casas, não estariam seguros. Poderiam ter honestamente acreditado que haviam feito tudo o que era necessário, mas sua sinceridade não os teria salvado. Todos os que deixassem de atender às orientações do Senhor perderiam seu primogênito pela mão do destruidor...

"Enquanto Moisés repetia a Israel as provisões de Deus para seu livramento, 'o povo inclinou a cabeça e adorou' (Êxodo 12:27). A alegre esperança da liberdade, o terrível conhecimento do juízo iminente sobre seus opressores, os cuidados e trabalhos incidentais à sua partida apressada — tudo foi, por algum tempo, absorvido em gratidão ao seu gracioso Libertador. Muitos dos egípcios haviam sido levados a reconhecer o Deus dos hebreus como o único Deus verdadeiro, e estes agora suplicavam permissão para encontrar abrigo nas casas de Israel quando o anjo destruidor passasse pela terra. Eles foram calorosamente acolhidos e prometeram, a partir de então, servir ao Deus de Jacó e sair do Egito com Seu povo" (ibid., p. 232, 233).