A LEI DE DEUS

Sábado, 23 de Agosto

VERSO PARA MEMORIZAR:


Leituras da semana:
Êxodo 19, 20.
Apartir do Título, e do estudo da semana, anote suas impressões sobre o que se trata a lição:

Pesquise: em comentários bíblicos, livros denominacionais e de Ellen G. White sobre temas neste texto: Êxodo 19, 20.

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 30 de Agosto.

Domingo, 24 de Agosto

A religião egípcia exigia um complexo ciclo de cerimônias para aplacar os deuses e, assim, convencê-los a manter a ordem. Após gerações de exposição a essas práticas e crenças egípcias, os israelitas precisavam redefinir sua compreensão da divindade.

O Deus dos hebreus acabara de libertar os israelitas de sua longa escravidão aos egípcios. Ele havia demonstrado ser superior em todos os aspectos ao panteão egípcio e havia se mostrado diferente de qualquer Deus pagão. O Deus de Abraão, Isaque e Jacó exigia a lealdade absoluta do povo. Seu povo não poderia agir como a maioria das pessoas, que adorava um panteão de deuses. Esse Deus era ciumento e permitia adoração somente a Si mesmo.

Embora muitas culturas antigas acreditassem no conceito de um Deus principal, frequentemente responsável pela existência do mundo, esse Deus nunca era o único que existia. Sempre havia outros deuses. No entanto, o Deus de Abraão não apenas afirmava ser o primeiro entre muitos; Ele afirmava ser o único Deus.

Esse Deus também parecia estar tão interessado em como Seu povo tratava outras pessoas quanto em como O adoravam. Ele planejava dar aos hebreus mandamentos específicos para reger e orientar seu comportamento e fundamentar suas leis. Porém, antes de receberem os Dez Mandamentos, os israelitas precisavam se preparar (Êxodo 19:10). Deus havia levado os hebreus ao Horebe, o monte de Deus, para que pudesse estar com eles e entregar pessoalmente Suas ordens.

Vale a pena repetir—Moisés não escreveria os mandamentos para apresentá-los ao povo; o próprio Deus os falaria e, em seguida, os escreveria em duas tábuas de pedra.

Para isso, Ele precisava estar fisicamente presente. Assim, quando o monte começou a tremer e o trovão começou a ribombar, Deus desceu sobre o monte em um fogo (Êxodo 19:16, 18).

Segunda, 25 de Agosto

Antes que Deus apresentasse os termos da aliança que Ele e os israelitas estavam firmando, Ele revelou Sua presença ao povo de uma maneira assustadora. Relâmpagos brilharam. Trovões ecoavam pelas montanhas.

O povo ficou aterrorizado. Depois, Moisés disse ao povo que não deviam ter medo. Deviam saber que Deus estava apenas os provando com Sua demonstração de poder (Êxodo 20:20). No final, ficaram tão assustados que disseram a Moisés para falar com Deus em seu lugar.

Antes de Deus estabelecer as estipulações da aliança que oferecia ao povo hebreu, Ele os relembrou do que havia feito por eles: “Vistes o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos trouxe a mim” (Êxodo 19:4). Deus queria que os israelitas entendessem que Seu maior desejo era um relacionamento próximo com Seu povo. Da mesma forma que a águia cuida ternamente de seus filhotes, assim Deus cuida de Seus filhos.

Esse contexto preparou o terreno para a proclamação da aliança por Deus, que começou com Ele declarando: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êxodo 20:2). Antes que Deus apresentasse qualquer tipo de exigência que o povo deveria seguir, Ele Se declarou como seu Libertador, que cuidava deles. A lei de Deus brota de Seu desejo de salvar. As pessoas frequentemente veem a lei como uma longa lista de coisas que precisam fazer ou deixar de fazer para que Deus as ame. A verdade é exatamente o oposto; Deus age em nosso favor antes de trabalhar para nos transformar.

A partir desse contexto de agir para salvar, Deus passou a fazer reivindicações exclusivas sobre Seu povo: “Não terás outros deuses diante de mim” (v. 3). A linguagem original aqui é um tanto ambígua, pois a frase “diante de mim” parece permitir a existência de outros poderes sobrenaturais. No entanto, também pode ser traduzida como “contra mim”, o que sugeriria que, em última análise, não há outros deuses. De qualquer forma, essa exigência de exclusividade da nação israelita é única entre os deuses antigos.

Num movimento claro para limitar ainda mais a confiança deles em quaisquer outros poderes, o segundo mandamento declara: “Não farás para ti imagem de escultura” (v. 4). Isso foi um grande golpe contra os deuses pagãos, que quase sempre eram representados com imagens físicas. O Deus do céu é “ciumento” (v. 5) do amor e da adoração de Seu povo, não aceitando corações divididos de forma alguma.

Terça, 26 de Agosto

Os dois mandamentos seguintes apresentam mais instruções sobre como os seres humanos se conectam com Deus em suas vidas diárias. A proibição contra tomar o nome de Deus “em vão” significa que não se deve usar o nome de Deus de maneira inútil ou falsa (Êxodo 20:7). Isso se aplica a juramentos vãos—fazer promessas que você não cumpre—mas também é um alerta contra outras formas de falar o nome de Deus de maneira leviana.

O mandamento do Sábado é uma ideia única entre as nações do mundo. Em um dia de cada semana, as pessoas devem cessar o trabalho em memória e reverência ao poder criador de Deus. Esse mandamento também serve como uma ponte entre as leis que se referem a Deus e as leis que governam os relacionamentos humanos. O Sábado protege nosso relacionamento com Deus e guarda contra relacionamentos abusivos que tentam roubar das pessoas o descanso necessário. A importância deste mandamento é ainda mais destacada pela mudança da frase típica “Não farás” para a palavra “Lembra-te” (Êxodo 20:8–11).

O quinto mandamento (Êxodo 20:12) também começa de forma diferente, com um comando para “Honra” em vez da proibição “Não farás.” A segunda tábua de pedra apresentava os mandamentos que regulam como as pessoas interagem com outros seres humanos. Ao organizá-los dessa forma, Deus destacou a verdade de que a maneira como amamos o nosso próximo é a maneira como amamos o nosso Deus (ver também 1 João 4:20, 21).

O mais fundamental de todos os relacionamentos humanos é o relacionamento com os pais. Deus sabe que a degradação da sociedade começa no lar. Ele enfatizou a importância deste mandamento tanto ao colocá-lo primeiro entre os mandamentos que tratam de como nos relacionamos com os outros quanto ao fazer dele o único mandamento com uma promessa contingente de prosperidade.

Os últimos cinco mandamentos fluem rapidamente, definindo ainda mais os bons relacionamentos humanos: “Não matarás. “Não cometerás adultério. “Não furtarás. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

“Não cobiçarás.” (Êxodo 20:13–17)

Embora o décimo mandamento trate de um pecado que ocorre estritamente na mente, sua posição na conclusão e no resumo de todos os dez destaca sua importância como o verdadeiro ponto de partida de todos os relacionamentos quebrados.

Quarta, 27 de Agosto

O que significa que o Senhor é um ‘’Deus Zeloso’’ (Êxodo 20:5)? O que isso revela sobre Seu caráter e Seus requisitos?

Por que Deus conecta o próximo com o amor por Ele? (1 João 4:20, 21)

Como Jesus reafirmou a importância da lei enquanto oferecia o perdão gratuitamente?

Como você entende a afirmação de que a lei é uma revelação do caráter de Deus? (veja a lição de sexta-feira.)

Quais você acha que são as maiores objeções das pessoas á lei de Deus? Como você responderia a essas objeções?

Como a lei de Deus tem ajudado você pessoalmente?

Compare suas respostas com os textos bíblicos a seguir. Como estes versículos nos ajudam a entender melhor os mandamentos que Deus deu a Israel?

Compreendendo os mandamentos:

• Isaías 43:10; Mateus 22:37-40; Lucas 18:18-23; Romanos 13:9; Efésios 6:1-4

Vivendo os mandamentos:

• Colossenses 3:5-10; Hebreus 10:16, 17; Hebreus 12:14-22

Quinta, 28 de Agosto

Jesus deixou claro que a fé em Deus é a única base para receber o dom da vida eterna, mas a conduta humana também é muito importante para Jesus. Ele falava frequentemente sobre a lei. Para evitar qualquer mal-entendido, Jesus enfatizou que não viera para abolir a lei, e advertiu contra qualquer líder religioso que ensinasse as pessoas a quebrar a lei (Mateus 5:17–19).

De fato, ao estudarmos Seus ensinamentos, é fácil ver que, em vez de minimizar os mandamentos da lei, Jesus os ampliou. Por exemplo, Jesus pregou: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que sem motivo se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo” (Mateus 5:21, 22). Jesus não estava diminuindo a lei, mas explicando e afirmando o significado mais profundo da lei.

Jesus explicou que um relacionamento amoroso com Ele acontece dentro da obediência aos Seus mandamentos. Jesus disse a Seus discípulos: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu os amei. \[...] Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João 15:12, 14).

Jesus já sabe que quebramos Seus mandamentos e não podemos provar nossa inocência. Assim, junto ao alto ideal de Jesus para a lei está um valor igualmente elevado para o perdão. Na cruz, Jesus ofereceu Seu perdão ao mundo inteiro. Não foi apenas pelos soldados que Ele orou: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23:34). Todos nós podemos encontrar perdão por meio de Cristo. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1).

A lei não tem a intenção de nos encher de vergonha por não alcançarmos seus ideais—muito pelo contrário! A lei existe para nos conduzir a Jesus, à medida que reconhecemos nossas falhas e buscamos Nele o perdão.

Sexta, 29 de Agosto

“A afirmação de que Cristo, por Sua morte, aboliu a lei de Seu Pai não tem fundamento. Se tivesse sido possível mudar ou anular a lei, então Cristo não precisaria ter morrido para salvar o homem da penalidade do pecado. A morte de Cristo, longe de abolir a lei, prova que ela é imutável. O Filho de Deus veio para ‘engrandecer a lei e torná-la gloriosa.’ Isaías 42:21” (Ellen G. White, O Grande Conflito [2021], p. 392).

“A lei de Deus, como apresentada nas Escrituras, é ampla em seus requisitos. Cada princípio é santo, justo e bom (Romanos 7:12). A lei coloca os homens sob obrigação para com Deus; ela alcança os pensamentos e sentimentos; e produzirá convicção de pecado em todo aquele que tem consciência de haver transgredido seus requisitos. Se a lei se estendesse apenas à conduta exterior, os homens não seriam culpados por seus pensamentos, desejos e intenções erradas. Mas a lei exige que a própria alma seja pura e a mente santa, para que os pensamentos e sentimentos estejam em conformidade com o padrão de amor e justiça.

“Em Seus ensinamentos, Cristo mostrou quão amplos são os princípios da lei pronunciada no Sinai. Ele fez uma aplicação viva dessa lei, cujos princípios permanecem para sempre como o grande padrão de justiça, - o padrão pelo qual todos serão julgados naquele grande dia em que se assentar o juízo, e os livros forem abertos (Daniel 7:10). Ele veio para cumprir toda a justiça e, como cabeça da humanidade, mostrar ao homem que ele pode fazer a mesma obra, atendendo a cada especificação dos requisitos de Deus.

Por meio da medida de Sua graça concedida ao agente humano, nenhum precisa perder o céu. A perfeição de caráter é alcançável por todo aquele que a buscar. Isso é feito o próprio fundamento da nova aliança do evangelho. A lei de Jeová é a árvore; o evangelho são as flores perfumadas e os frutos que ela produz” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas [2022], v. 1, p. 179).

“A lei de Deus, por sua própria natureza, é imutável. Ela é uma revelação da vontade e do caráter de seu Autor. Deus é amor, e Sua lei é amor. Seus dois grandes princípios são o amor a Deus e o amor ao homem. ‘O amor é o cumprimento da lei.’ Romanos 13:10. O caráter de Deus é justiça e verdade; tal é a natureza de Sua lei. Diz o salmista: ‘A Tua lei é a verdade;’ ‘todos os Teus mandamentos são justiça.’ Salmo 119:142, 172. E o apóstolo Paulo declara: ‘A lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom.’ Romanos 7:12. Tal lei, sendo uma expressão da mente e da vontade de Deus, deve ser tão duradoura quanto o seu Autor” (White, O Grande Conflito, p. 392).