A gaiola

Sábado, 09 de Julho

VERSO PARA MEMORIZAR: “Nisso vocês exultam, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejam contristados por várias provações” (1Pe 1:6).

LEITURAS DA SEMANA: Êx 14; 15:22-27; 17:1-7; Pv 3; Lc 4:1-13; 1Pe 1:6-9

“À plena luz do dia, e ouvindo a música de outras vozes, o pássaro engaiolado não aprenderá a canção que o dono procure lhe ensinar. Aprende um fragmento desta, um trinado daquela, mas nunca uma melodia determinada e completa. Eis porém que o dono cobre a gaiola e a coloca onde o pássaro não ouvirá senão o canto que se lhe pretende ensinar. Nas trevas, o pássaro tenta, e tenta de novo, modular aquele canto, até que por fim o entoa em perfeita melodia. O pássaro pode então sair da obscuridade e voltar à luz: não esquecerá jamais a melodia que lhe foi ensinada. É assim que Deus procede com Seus filhos. Ele tem um canto para nos ensinar, e, quando o houvermos aprendido no meio das sombras da aflição, poderemos cantá-lo para sempre” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 472).

Observe que quem leva o pássaro para as trevas é o próprio dono.

É fácil compreender que Satanás causa dor, mas o próprio Deus participaria ativamente em nos conduzir a crisóis em que experimentamos confusão ou sofrimento?

Resumo da semana: Que exemplos há na Bíblia em que o próprio Deus conduziu pessoas a experiências que Ele sabia que causariam sofrimento? Na sua opinião, que “cânticos novos” Ele queria que aprendessem?

Domingo, 10 de Julho

“E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos e eis que os egípcios vinham atrás deles, e ficaram com muito medo. Então os filhos de Israel clamaram ao Senhor” (Êx 14:10).

Você já foi vítima de uma armação, conduzido a uma armadilha ou a um beco sem saída? Em alguns casos, pode ser bom, como adentrar inesperadamente uma sala onde amigos o aguardam e todos gritam “Surpresa! Feliz aniversário!” Outras vezes pode ser um choque. Talvez você tenha sido vítima de bullying na época da escola ou um colega de trabalho tenha tentado fazer com que você parecesse mau.

Do dia em que os israelitas deixaram o Egito até chegarem à terra prometida, “O Senhor ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os iluminar, a fim de que caminhassem de dia e de noite” (Êx 13:21). Cada parte da jornada foi conduzida por Deus. Mas olhe para onde Ele os levou primeiro: ao lugar em que o mar estava diante deles, havia montanhas de um lado e de outro, e o exército do Faraó vinha logo atrás!

1. Leia Êxodo 14. Por que Deus levou os israelitas a um lugar em que sabia que eles ficariam amedrontados?

Seguir “a coluna” não assegura felicidade em todo o tempo. Às vezes é uma experiência difícil, porque o treinamento na justiça pode nos levar a lugares que testam nosso coração, o qual é enganoso (Jr 17:9). Nas dificuldades, a chave para saber se estamos seguindo a Deus não é necessariamente a ausência de provações, mas estar aberto à instrução divina e à submissão contínua de nosso coração à Sua liderança.

2. Que lição os israelitas aprenderam com essa experiência? Êxodo 14:31

Por que confiar em Deus às vezes é tão difícil, mesmo conhecendo muitas das Suas maravilhosas promessas? Relembre uma situação difícil à qual você crê que o Senhor o tenha conduzido a fim de lhe ensinar a “acreditar” Nele e a “temê-Lo”.

Segunda-feira, 11 de julho

“Toda a congregação dos filhos de Israel partiu do deserto de Sim, fazendo suas paradas, segundo o mandamento do Senhor, e acamparam em Refidim; mas ali não havia água para o povo beber” (Êx 17:1).

Talvez não recebamos de Deus tudo o que queremos, mas acaso não podemos esperar obter tudo de que precisamos? Não o que achamos que precisamos, mas o que de fato precisamos?

Havia algo de que os israelitas com certeza precisavam: água. Imediatamente depois que Deus os conduziu por meio de uma nuvem através do Mar Vermelho, eles O seguiram pelo deserto quente e sem água por três dias. Naquele lugar, onde era tão difícil encontrar água, o desespero deles é compreensível.

Aonde Deus os levou? A coluna foi a Mara, onde enfim havia água. Eles devem ter se sentido animados. Porém, quando provaram a água, imediatamente a cuspiram, pois era amarga. “E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: – O que vamos beber?” (Êx 15:24).

Então, alguns dias depois, a coluna parou onde não havia água (Êx 17:1).

3. Leia Êxodo 15:22-27 e 17:1-7. O que Deus revelou aos israelitas sobre Si mesmo em Mara e em Refidim? Que lições deveriam ter aprendido?

4. Em Refidim, que pergunta fizeram os filhos de Israel? (Êx 17:7). Você já fez a mesma pergunta? Se sim, por quê? Como se sentiu e que lições aprendeu após obter a resposta?

Terça-feira, 12 de julho

“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi guiado pelo mesmo Espírito, no deserto, durante quarenta dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve fome” (Lc 4:1, 2).

5. Leia Lucas 4:1-13. Que lições você pode aprender com esse relato sobre como vencer a tentação e não ceder ao pecado?

Tentações podem ser bem difíceis, pois apelam para coisas que desejamos muito, e sempre parecem chegar nos momentos em que nos encontramos mais fracos.

Lucas 4 apresenta a tentação de Jesus por Satanás e revela questões difíceis. À primeira vista, parece que o Espírito Santo conduziu Jesus à tentação. No entanto, Deus não nos tenta (Tg 1:13). Em vez disso, Deus nos leva a crisóis. O que causa impacto ao lermos Lucas 4 é que o Espírito pode nos levar a provas que nos deixam expostos às tentações de Satanás. Nessas ocasiões, quando sentimos as tentações, podemos pensar que não seguimos a Deus da forma correta. Mas isso não é necessariamente verdade. “Frequentemente, quando nos encontramos em situação difícil, duvidamos de que tenhamos sido guiados pelo Espírito de Deus. No entanto, foi o Espírito que dirigiu Jesus ao deserto para ser tentado por Satanás. Quando Deus nos submete à prova, tem um plano a realizar para nosso bem. Jesus não confiou presunçosamente nas promessas de Deus, indo sem que Lhe fosse ordenado ao encontro da tentação, nem Se entregou ao desânimo quando ela veio. Nós também não devemos agir assim” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 92 [128, 129]).

Às vezes, no crisol, somos queimados em vez de purificados. Portanto, é reconfortante saber que, quando caímos sob a tentação, podemos ter esperança, porque Jesus Se manteve firme. Ele carregou nossos pecados, pagou a penalidade pela nossa falha em resistir à tentação e passou por um crisol pior do que qualquer um de nós jamais enfrentaremos. Por isso, não somos rejeitados nem abandonados por Deus. Há esperança, mesmo para o “principal” dos pecadores (1Tm 1:15).

Quarta-feira, 13 de julho

6. Leia 1 Pedro 1:6, 7. O que o apóstolo disse?

Pedro estava escrevendo para pessoas que enfrentavam dificuldades e, muitas vezes, se sentiam sozinhas. Ele escreveu “aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1Pe 1:1, ARC). Essa é a região que conhecemos atualmente como Turquia ocidental. Um pouco depois, o apóstolo disse que sabia que estavam experimentando “várias provações” (1Pe 1:6).

7. O que Pedro quis dizer com “estrangeiros” e “dispersos”? Como isso podia ser um peso extra nas provações deles?

Ser cristão naquela época era algo novo; havia poucos crentes espalhados por vários lugares em que eram a minoria, e, muitas vezes, eram mal interpretados, na melhor das hipóteses, e, na pior, perseguidos. Pedro lhes assegurou, no entanto, que essas provas não eram aleatórias nem caóticas (1Pe 1:6, 7). A fé genuína é o objetivo daqueles que perseveram em meio a “várias provações”.

8. Que suprema segurança Pedro buscou dar a essas pessoas em meio às provações? O que essa esperança significa para nós? 1Pe 1:6-9

Quaisquer que tenham sido as provações e os sofrimentos deles, como compará-los à eternidade que os espera quando Cristo voltar? As palavras de Pedro para eles são as palavras de Deus para nós, independentemente do que estejamos enfrentando. Por mais difíceis ou dolorosas que sejam nossas provações, nunca devemos perder de vista o fim último, a vida eterna em um novo Céu e uma nova Terra, sem dor, sofrimento nem morte. Com essa promessa diante de nós, que nos foi garantida mediante a morte de Jesus, é importante que não percamos a fé. Em vez disso, em meio às provações, peçamos que o Senhor nos livre de tudo que prejudique nossa fé.

Quinta-feira, 14 de julho

Havia um jovem a quem chamaremos de Alex. Ele tinha saído de uma juventude problemática: drogas, violência e uma experiência na prisão. Então, através da bondade de um membro da igreja (a quem Alex tinha roubado), ele aprendeu sobre Deus e entregou o coração a Jesus. Embora ainda tivesse problemas e lutas, e elementos do passado permanecessem, Alex era uma nova pessoa em Jesus. Ele amava a Deus e procurava expressar esse amor obedecendo aos Seus mandamentos (1Jo 5:1, 2). Em dado momento, sentiu que deveria se tornar pastor. Tudo apontava para isso. Sem dúvida, ele estava respondendo ao chamado divino.

Na faculdade, as coisas foram bem no início, até que tudo começou a dar errado, e sua vida começou a desmoronar. Sua fonte financeira estava secando. Um amigo próximo se voltou contra ele, fazendo acusações falsas, mas que prejudicaram sua reputação. Em seguida, ele adoeceu e não conseguia se recuperar. Ninguém sabia o que ele tinha, e isso impactou seus estudos de modo que ele temeu ter que abandoná-los. Além disso, ele sofria tentações com drogas, disponíveis na comunidade, e chegou um momento em que cedeu à tentação. Alex não conseguia entender por que tudo isso estava acontecendo, especialmente porque tinha certeza de que o Senhor o havia conduzido àquela faculdade. Será que Alex estava enganado a esse respeito? Caso estivesse, toda a sua experiência com Deus tinha sido um enorme erro? Até os elementos mais básicos de sua fé estavam sendo postos em dúvida.

9. Imagine que, em meio a essa crise, Alex fosse até você e pedisse conselho. O que lhe diria? Que experiências você teve que poderiam ajudá-lo? Que versos bíblicos você usaria? Os seguintes textos seriam úteis nessa situação? Pv 3; Jr 29:13; Rm 8:28; 2Co 12:9; Hb 13:5

Sexta-feira, 15 de julho

Textos de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 281-290 (“O êxodo”), p. 291-302 (“Do Mar Vermelho ao Sinai”); O Desejado de Todas as Nações, p. 81-89 [114-123] (“A tentação”).

“Na antiguidade o Senhor conduziu Seu povo a Refidim e pode deci- dir levar-nos para lá a fim de testar nossa fidelidade e lealdade para com Ele. Em misericórdia para conosco, Ele nem sempre nos coloca nos lugares mais fáceis, pois, se o fizesse, em nossa autossuficiência nos esquecería- mos de que o Senhor é nosso ajudador em tempos de necessidade” (Ellen G. White, Cristo Triunfante, p. 119).
“Ele anseia Se manifestar a nós, e revelar os suprimentos abundantes ao nosso dispor, e permite que nos venham provas para reconhecermos nossa limitação e aprendermos a recorrer ao Seu auxílio. Ele faz verter da rocha águas refrescantes.
“Enquanto não estivermos face a face com Deus, quando veremos como somos vistos e conheceremos como somos conhecidos, nunca saberemos quantos fardos Ele suportou por nós, e quantos mais teria alegremente suportado se, com fé pura, os houvéssemos levado a Ele” (Ellen G. White, Minha Consagração Hoje, p. 8, 9)."

Perguntas para consideração

Embora a tentação seja algo individual, existe alguma tentação coletiva, coisas contra as quais nós, como grupo, devemos nos proteger?
Você já foi levado a “lugares desagradáveis”? Por que eram desagradáveis? Se tivesse de revisar essas experiências no presente, as veria de forma diferente?
Deus permite que sejamos purificados por provas. Contudo, como entender as provas que parecem não ter valor – por exemplo, uma morte repentina por acidente?
A oração intercessória nos ajuda a resistir às provações e nos manter fiéis?
Conhece alguém que, tendo enfrentado provas, se desviou do caminho? O que podemos fazer de forma tangível para ajudar a conduzir essa pessoa de volta a Deus?
Respostas e atividades da semana: 1. Para testar a confiança deles. 2. O povo temeu o Senhor e confiou Nele e em Moisés. 3. Deus fazia prodígios e demonstrava cuidar de Israel. Porém, o povo continuava murmurando. 4. “Está o Senhor no meio de nós ou não?”. Resposta pessoal. 5. Jesus não colocou Deus à prova. Ele não dialogou com o tentador. Jesus mencionava passagens da Bíblia. 6. Pedro encorajou os que sofriam provas e tribulações. 7. Eram cristãos que estavam espalhados devido às perseguições. Eram a minoria, e muitos viviam distantes de familiares e amigos. 8. A salvação da alma. A vida eterna com Cristo é a esperança que nos mantém firmes. 9. Comente com a classe.

Informativo mundial da Missão

texto da Carta Missionária da licao3 do livro3