O poder do Jesus exaltado

VERSO PARA MEMORIZAR:
“Por meio do Espirito Santo, os crentes podem saber “qual é a suprema grandeza do Seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a eficácia da força do Seu poder. Ele exerceu esse poder em Cristo, ressuscitando-O dentre os mortos e fazendo-O sentar à Sua direita nas regiões celestiais” (Jo 17:17).

Leituras da semana:
Ef 1:15-23; 3:14-21; 1Ts 5:16-18; Dt 9:29; 1Co 15:20-22; Sl 110:1

Impulsionado pelas notícias de que os crentes em Éfeso estão prosperando na fé em Jesus e no amor mútuo (talvez notícias compartilhadas por Tíquico, Efésios 6:21, 22), Paulo relata a eles como ele ora por eles,

Compare os dois relatos de oração de Paulo em Efésios 1:15-23 e 3:14-21. Que temas os textos têm em comum?

Às vezes, nossa postura padrão na oração pode ser triste, lamentando sobre esse desafio ou aquele problema. As orações relatadas por Paulo em Efésios sugerem que a gratidão é a linguagem nativa da oração. Reunimos as bênçãos de Deus e O agradecemos por elas. Procuramos perceber Deus agindo em circunstâncias difíceis e O louvamos por Sua presença transformadora em nossas vidas. Celebrando a graça e o poder de Jesus exaltado (Ef 1:20-23), O agradecemos por abençoar aqueles em nosso círculo de influência. Aqui está o segredo transformador de Paulo para a oração: a oração é a chave do louvor e da gratidão.
Paulo também disse que ele não para de agradecer por eles, mencionando-os em suas orações (Efésios 1:16; veja também Filipenses 1:3, 4; 1 Tel 1:2; e 1 Tel 5:16-18).
O que realmente significa "orar sem cessar" (1 Tel 5:17)? Não pode significar que estamos sempre de joelhos diante de Deus em oração. Significa que, abençoados pelo Espírito de Deus, seguimos pela vida com corações abertos à presença e ao poder de Deus, buscando motivos para agradecê-Lo.
Significa estar pronto para lidar com os assuntos da vida na presença de Deus, buscar conselho divino à medida que vivenciamos as reviravoltas que a vida traz. Significa viver não em estranhamento de Deus, mas em envolvimento com Ele, sempre abertos à orientação divina.
Com muita frequência, vemos a oração como algo agradável, um complemento para o discipulado que deve ser exercido quando conveniente. Paulo ilustra uma visão diferente. Paulo leva a sério a tarefa de orar pelos crentes em Éfeso, fazendo isso tanto ao agradecer por eles (Ef 1:16; compare com Ef 1:3-14) quanto ao interceder por eles (Ef 1:17-23; compare com Ef 3:14-21).
Para ele, a oração é uma tarefa central, ou até mesmo a tarefa central, da fé cristã. Esses versículos nos chamam de maneira tocante para a oração, um convite para cada um de nós considerar nosso próprio "ministério de oração" à luz da dedicação de Paulo a ele.
Por que é importante sempre apresentar a Deus, em oração, seus motivos de gratidão?

Ao relatar suas orações, Paulo registra um pedido central que ele apresenta diante do trono de Deus. Ele já observou que o Espírito Santo entrou na vida dos crentes no momento de sua conversão (Efésios 1:13, 14). Agora, Paulo ora por uma bênção fresca do Espírito para proporcionar uma visão espiritual necessária, focada em um entendimento mais profundo de Jesus ("no conhecimento dele", Efésios 1:17).


Paulo orou para que o Espírito Santo desse aos crentes compreensões especiais a respeito de quais três temas? Ef 1:17-19

Quando Paulo ora por discernimento sobre "a esperança para a qual ele os chamou" (Efésios 1:18), ele ora para que estejam atentos às ações passadas que Deus já realizou para a sua salvação (Efésios 1:3-9, 11-13) e ao glorioso futuro que Ele planejou para eles (Efésios 1:10, 14).
Quando ele ora por discernimento sobre "as riquezas da glória da sua herança nos santos" (Efésios 1:18), ele está recordando a ideia do Antigo Testamento de que os crentes são a herança de Deus (Deuteronômio 9:29, Deuteronômio 32:9, Zacarias 2:12; compare com Efésios 1:11). Ele deseja que eles saibam que não apenas possuem uma herança de Deus, mas que são a herança de Deus, e Paulo quer que eles compreendam o seu valor para Deus.
Quando Paulo ora por discernimento espiritual sobre "a suprema grandeza do seu poder para conosco, os que cremos" (Efésios 1:19), ele imagina o Espírito Santo trazendo uma compreensão renovada da imensidão do poder de Deus e tornando-o real em sua experiência.
Em todas essas orações, Paulo deseja que essas pessoas experimentem por si mesmas o que receberam em Jesus.

Como você pode experimentar melhor “a suprema grandeza do Seu pode sobre nós, os que cremos? O que significa na prática? ”

Nos versículos restantes do relato da oração de Paulo, Efésios 1:20-23, Paulo amplia o terceiro tópico de discernimento que espera que o Espírito Santo traga aos crentes: a imensidão do poder de Deus, que Ele exerce em favor deles. Paulo começa apontando para dois eventos da história da salvação como as principais ilustrações do poder de Deus: (1) a ressurreição de Jesus dentre os mortos e (2) a exaltação de Jesus ao trono do cosmos (Efésios 1:20).


Como o poder de Deus foi demonstrado por meio da ressurreição de Jesus? Ef 1:20; 1Co 15:20-22; Fp 3:8-11; Hb 13:20, 21; 1Pe 1:3


A ressurreição de Jesus é uma crença inegociável da fé cristã (1 Coríntios 15:14, 17). É porque Cristo ressuscitou que os fiéis crentes aguardam a grande ressurreição futura para a vida eterna no momento da volta de Cristo (1 Coríntios 15:20–23). É porque Cristo ressuscitou que podemos buscá-Lo hoje por todas as bênçãos do evangelho, incluindo a presença do Espírito Santo em nossas vidas.
A imagem de Deus "o assentou [Cristo] à sua direita" (Efésios 1:20) é retirada do Salmo 110:1, o trecho mais citado no Novo Testamento (todos os trechos mencionados parecem se basear nele). A exaltação de Cristo tem um destaque especial em Efésios. Os crentes estão "sentados com.… ele [Cristo Jesus] nos lugares celestiais" (Efésios 2:6). Além disso, Paulo se refere à ascensão de Cristo como prelúdio para Cristo encher todas as coisas e conceder dons à Sua igreja (veja Efésios 4:8–11).
Em Efésios 4:8–11, Paulo nos adverte a não adotar uma imagem meramente estática de Cristo no trono do Pai, apresentando, em vez disso, "a imagem dinâmica do Novo Testamento do Cristo exaltado, indo em frente por Seu Espírito em todo o mundo, conquistando e para conquistar”. —F. F. Bruce, The Epistles to the Colossians, to Philemon, and to the Ephesians (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1984), p. 133. Assim, Paulo retrata a exaltação/coroação de Cristo, não apenas como uma ilustração do poder divino oferecido aos crentes, mas como a fonte desse poder.

Em que áreas da vida você precisa do poder de Cristo e como pode aproveitar melhor esse poder? O que dificulta seu acesso ao poder Dele?

Paulo celebrou a exaltação de Jesus, que agora está assentado com o Pai no trono do cosmos. Ao definir a posição de Cristo em relação ao Pai ("assentado... à sua direita nos lugares celestiais" [Efésios 1:20]), Paulo volta-se para a relação de Jesus com "os poderes". Como corregente com o Pai, Jesus está "muito acima" de todos eles (Efésios 1:21).


Compare a menção que Paulo fez dos poderes espirituais do mal em Efésios 1:21; 2:2; 6:12. Por que o interesse nesses poderes?

Atos 19:11-20, com a história dos sete filhos de Ceva, ilustra que Éfeso, na época de Paulo, era um centro para as artes mágicas.
"A característica predominante da prática da magia em todo o mundo helenístico era o reconhecimento de um mundo espiritual exercendo influência sobre praticamente todos os aspectos da vida. O objetivo do mago era discernir os espíritos úteis dos prejudiciais e aprender as operações distintas e as forças e autoridade relativas dos espíritos.
Através desse conhecimento, meios poderiam ser construídos (com fórmulas faladas ou escritas, amuletos, etc.) para a manipulação dos espíritos em benefício da pessoa individual. Com a fórmula adequada, uma doença induzida por espírito poderia ser curada, [ou] uma corrida de brigas poderia ser vencida." - Clinton E. Arnold, Poder e Magia: O Conceito de Poder em Efésios, p. 18.
O interesse em nomear divindades e poderes em encantamentos era uma característica da vida religiosa em Éfeso (veja Atos 19:13), e entre alguns até hoje. Paulo deseja deixar claro a relação entre Cristo e "os poderes": Jesus exaltado está "muito acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio" (Efésios 1:21).
Apenas para garantir que sua audiência entenda que não há poder além da soberania de Jesus, ele adiciona uma alusão à prática de reunir os nomes das divindades em encantamentos: "e acima de todo nome que se nomeia" (Efésios 1:21). Mudando da dimensão do espaço para a do tempo, Paulo enfatiza a cronologia ilimitada do governo exaltado de Jesus. Seu governo sobre todos os poderes se aplica "não apenas nesta era, mas também na vindoura" (Efésios 1:21).

Quais são algumas manifestações atuais dessas mesmas forças malignas e como ter certeza de que não seremos envolvidos por nenhuma delas?

Os primeiros cristãos viam no Salmo 110:1 uma profecia sobre a exaltação de Jesus: "O Senhor disse ao meu Senhor: 'Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés'". Eles interpretavam o Salmo 8 da mesma forma, com sua afirmação de que Deus colocou "todas as coisas debaixo de seus pés" (Salmo 8:6), os pés do "filho do homem" (Salmo 8:4).
Enquanto acreditavam que os poderes das trevas nos lugares celestiais estavam acima de suas cabeças e ameaçavam subjugar-lhes, eles agarraram-se à verdade de que esses poderes estavam debaixo dos pés de Cristo.
Observe atentamente que, depois de ter "colocado todas as coisas debaixo de seus pés", o Pai "o deu como cabeça sobre todas as coisas para a igreja" (Efésios 1:22; compare com "deu-lhe como cabeça sobre todas as coisas à igreja").
Embora "todas as coisas" seja um termo universal e abrangente, Paulo ainda tem em mente "os poderes" mencionados em Efésios 1:21. Todas as coisas - incluindo os poderes cósmicos, sobrenaturais e espirituais - estão debaixo dos pés de Cristo, sujeitos a Ele.

Que benefícios a exaltação de Cristo ao trono e Seu domínio sobre todas as coisas no Céu e na Terra dão à Sua Igreja? Ef 1;22, 23

Deus fez de Cristo vitorioso sobre todos os poderes malignos. A igreja, intimamente identificada com Cristo e suprida por Ele com tudo o que precisa, tem garantida a vitória sobre esses inimigos. O poder de Deus, manifestado na ressurreição e na exaltação de Cristo sobre todo poder cósmico, foi ativado para a igreja. Deus deu o Cristo vitorioso à igreja, que está tão unida a Ele a ponto de ser chamada de Seu corpo.
Como podemos, como crentes, conhecer o Cristo exaltado e experimentar o poder de Deus em nossas vidas? Paulo não aborda diretamente os mecanismos ou estratégias pelos quais isso ocorre. No entanto, o fato de que o trecho faz parte de um "relato de oração" é sugestivo. Paulo acredita que Deus responderá à sua oração. Ele afirma a eficácia de celebrar o poder de Deus, revelado em Cristo, na própria presença de Deus e pedir que esse poder esteja ativo na vida dos crentes.

Você tem experimentado o poder da oração, não apenas em orações atendidas, mas na oração em geral? Como a oração nos aproximas de Deus e do Poder oferecido em Jesus?

“‘Estude essas duas descrições da exaltação de Cristo retiradas dos escritos de Ellen G. White:
"Quando Cristo passou pelas portas celestiais, Ele foi entronizado em meio à adoração dos anjos. Assim que essa cerimônia foi concluída, o Espírito Santo desceu sobre os discípulos em ricos fluxos, e Cristo foi verdadeiramente glorificado, até com a glória que Ele tinha com o Pai desde toda a eternidade. A efusão pentecostal foi a comunicação do Céu de que a inauguração do Redentor estava concluída.
De acordo com Sua promessa, Ele enviou o Espírito Santo do céu para Seus seguidores como um sinal de que Ele, como sacerdote e rei, recebeu toda a autoridade no céu e na terra, e era o Ungido sobre Seu povo." - Atos dos Apóstolos, pp. 38, 39.

"Os braços do Pai envolvem Seu Filho, e a palavra é dada: 'Adorem-No todos os anjos de Deus.' Hebreus 1:6.
Com alegria indescritível, governantes e principados e poderes reconhecem a supremacia do Príncipe da vida. A hoste angelical prostra-se diante Dele, enquanto o clamor alegre enche todos os pátios do céu, 'Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.' Apocalipse 5:12.
Cânticos de triunfo se misturam à música das harpas angelicais, até que o céu pareça transbordar de alegria e louvor. O amor venceu. O perdido foi encontrado. O céu ressoa com vozes em tons elevados proclamando: 'Bênção, e honra, e glória, e poder sejam dadas Àquele que está assentado no trono, e ao Cordeiro para todo o sempre.' Apocalipse 5:13." - O Desejado de Todas as Nações, pp. 834, 835.

Questões para discussão:
 Reflita sobre o “agora” e o “ainda não” da exaltação de Jesus. Em que sentido Cristo já é Senhor de “todas as coisas”, incluindo os poderes de maníacos? Em que sentido Seu reinado completo sobre todas as coisas ocorrerá no futuro? (1Co 15:24-28)
 Você vive à luz do domínio de Cristo sobre todas as coisas ou sob a autoridade dos poderes caídos, que está se esvaindo? Você consegue identificar as forças do mal e fugir delas, sabendo que, embora derrotadas, elas ainda predominam no mundo?

Quando criança, eu tinha muitas perguntas para as quais não conseguia encontrar respostas. Por que eu tinha que confessar meus pecados a um padre? Por que eu deveria orar aos santos quando Jesus certamente poderia ouvir minha oração? Deus queimaria as pessoas no inferno para sempre?

Eu gostava de ir à igreja e ficava feliz em acreditar em Jesus. Mas frequentar a igreja não esclarecia minhas dúvidas. Eu frequentei muitas igrejas. Cada igreja afirmava acreditar na Bíblia, mas nenhuma conseguia responder às minhas perguntas.

Quando eu tinha 16 anos, um irmão mais velho me deu um livro. Ele havia se juntado a outra igreja que fazia coisas estranhas - igreja aos sábados? - mas a mudança claramente foi boa para ele. Ele estava feliz, o que me levou a pensar que o livro poderia valer a pena ler. Prometi ler o livro, que ele disse ser sobre história e profecia, mas não passei da introdução.

Vários anos depois, ele me perguntou se eu o tinha lido e, quando disse que não, ele me deu outra cópia. Eu garanti a ele que leria desta vez. Comecei da primeira página. Li a maioria. A maioria da primeira página, quer dizer. Coloquei o livro de lado com a intenção de ler mais tarde, mas nunca voltei a ele.

Mais anos se passaram. Eu deixei a Nova Zelândia, meu país natal, e estava morando na Inglaterra. Em uma viagem à Irlanda, desesperado para encontrar um relacionamento significativo com Deus, fui à igreja. Mas quando saí, disse a Deus que nunca mais iria à igreja "até que você me mostre a verdade!"

Quando retornei a Londres, havia um pacote me esperando. Eu tinha perguntado a meu irmão se ele tinha alguma ideia de onde eu poderia encontrar o livro que ele me havia dado duas vezes. Eu tinha procurado em várias livrarias, mas não conseguia encontrá-lo. E aqui, pelo correio, estava a terceira cópia do livro que mudaria minha vida, "O Grande Conflito".

Dessa vez, comecei a ler no meio do livro e, quando cheguei ao final, voltei ao começo e li o que tinha perdido. Encontrei o poder da Palavra de Deus em um livro que não apenas explicava as profundas profecias da Bíblia, mas também me conectava a Jesus. Uma ligação para a operadora me conectou a uma igreja em Londres, e assim começou seriamente minha caminhada com Jesus.

Ainda leio "O Grande Conflito", pois descobri que continuo encontrando novas bênçãos e insights sobre o plano de salvação. Fora da Bíblia, nenhum livro teve um impacto maior em minha vida.