O Testemunho dos samaritanos

VERSO PARA MEMORIZAR:
“E diziam à mulher: - Agora não é mais por causa do que você falou que nós cremos, mas porque nós mesmos ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo” (João 4:42).

Leituras da semana:
João 4:1–42, João 3:26–30, Jeremias 2:13, Zacarias. 14:8, Ezequiel. 36:25–27.

Leia João 4:1–4. O que levou Jesus a atravessar Samaria?

Os fariseus descobriram que os discípulos de Jesus estavam batizando mais pessoas do que os de João Batista. Essa situação poderia criar tensões entre os seguidores de João e os de Jesus. Os discípulos de João, naturalmente, estavam com ciúmes da reputação e do status de seu mestre (compare com João 3:26 30). A resposta impressionante de João foi que ele deveria diminuir, mas Jesus deveria crescer (João 3:30).

Provavelmente para evitar confrontos, Jesus partiu da Judeia para ir para a Galileia. Samaria fornecia a rota mais direta entre esses dois locais, mas não era a única rota possível. Judeus devotos pegariam o caminho mais longo, indo para o leste pela Pereia. Mas Jesus tinha uma missão em Samaria.

Leia João 4:5–9. Como Jesus aproveitou essa oportunidade para iniciar um diálogo com a mulher junto ao poço?

O poço de Jacó ficava bem próximo de Siquém, enquanto Sicar, de onde a mulher era, ficava a cerca de uma milha de distância (1,5 km). Jesus sentou-se perto do poço enquanto Seus discípulos foram à cidade comprar comida. Ele não tinha acesso à água de resfriamento do poço. Quando a mulher veio tirar água, Ele pediu a ela um pouco de água para beber.

Em João 3, foi surpreendente que Nicodemos, um governante dos judeus e um rabino, se rebaixasse para ir até Jesus. Ele veio à noite para evitar ser descoberto. Mas, em João 4, a mulher se esconde em plena luz do dia, talvez evitando contato com outras mulheres que vieram no início ou no fim do dia, quando estava mais fresco. Afinal, por que ela foi tão longe para buscar água, e no meio do dia, quando estava quente? Seja qual for o motivo de sua presença ali, conhecer Jesus mudaria sua vida.

Que cena se desenrola a seguir? Um professor judeu é comparado a uma mulher samaritana de má reputação. Que contraste! E, no entanto, neste contexto exato, um encontro notável se desenrola.

Quais são os tabus da sua cultura que podem dificultar seu testemunho para os outros? Como podemos ir além desses tabus? Comente com a classe.

Leia João 4:7–15. Como Jesus usa esse encontro para começar a testemunhar para aquela mulher?

“O ódio entre judeus e samaritanos impediu a mulher de oferecer uma gentileza a Jesus; mas o Salvador estava buscando encontrar a chave para esse coração, e com o tato nascido do amor divino, Ele pediu, não ofereceu, um favor. A oferta de uma gentileza poderia ter sido rejeitada; mas a confiança desperta confiança.” — Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 137, 138.

Como foi o caso em Seu encontro com Nicodemos, Jesus sabe o que está no coração da mulher. Em resposta à surpresa dela de que um judeu pediria tal favor a um samaritano, Jesus vai direto ao ponto. “Se você conhecesse o dom de Deus e quem é que lhe diz: “Dê-me de beber”, você lhe pediria, e ele lhe daria água viva” (João 4:10).

A resposta da mulher foi como a de Nicodemos, que perguntou: “Como podem ser essas coisas?” (João 3:9) no contexto de um novo nascimento. Ela perguntou: “Vocês não têm com que tirar água, e o poço é fundo. De onde então tiram essa água viva?” (João 4:11).

Em ambos os casos, Jesus estava apontando para eles (um, um proeminente professor judeu; o outro, uma mulher samaritana de caráter duvidoso) as verdades espirituais transcendentes que cada um precisava ouvir e entender. Em cada caso, Jesus estava basicamente dizendo a ambos a mesma coisa: eles precisam de uma experiência de conversão.

Qual é o contexto do Antigo Testamento para a declaração de Jesus sobre água viva? (Jeremias 2:13 e Zacarias 14:8).

A água é necessária para a vida; os humanos não podem existir sem água e, portanto, a água também pode ser uma imagem poderosa e apropriada da vida eterna. Por isso, Jesus diz: “Quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Pelo contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (João 4:14).

Leia João 7:37, 38. O que Jesus disse? Como experimentar o que Ele prometeu?

“Então aspergirei água limpa sobre vocês, e vocês ficarão limpos; eu os purificarei de todas as suas impurezas e de todos os seus ídolos. Eu lhes darei um coração novo e porei um espírito novo dentro de vocês; tirarei o coração de pedra da sua carne e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito dentro de vocês e farei que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos e os cumpram” (Ezequiel 36:25–27).

Como Ezequiel 36:25–27 reflete as verdades que Jesus procurou transmitir a Nicodemos e à mulher samaritana?

Em ambos os casos, Jesus estava tentando alcançar essas pessoas com verdades espirituais, embora usasse ilustrações do mundo natural para fazer isso. então.

A princípio, nenhuma das pessoas entendeu o que Jesus quis dizer. Como, perguntou Nicodemos, um homem pode nascer de novo? Ou seja, como ele pode retornar ao ventre de sua mãe? Nicodemos claramente estava funcionando em um nível mundano e terreno, embora Jesus claramente o estivesse apontando para a verdade espiritual. Essa mulher também tomou as palavras de Jesus sobre a água em um sentido literal quando Jesus estava claramente falando sobre algo espiritual.

A resposta da mulher à oferta de água viva de Jesus foi: “Dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise vir aqui para tirá-la” (João 4:15). Ela raciocinou que a água oferecida por Jesus evitaria idas ao poço, reduzindo assim o risco de enfrentar outras pessoas. É impressionante que a conversa tenha mudado tão rapidamente do pedido de Jesus por uma bebida para o pedido da mulher por uma bebida a Ele .

Leia João 4:16. Como Jesus respondeu ao pedido da mulher?

Abruptamente, Jesus muda o tópico da discussão, dizendo à mulher para ir chamar o marido e voltar. Por que a mudança repentina de tópico? As ações da mulher revelavam evitação. Jesus podia ler seu coração. Ela deve encarar sua situação para encontrar cura. “Antes que essa alma pudesse receber o dom que Ele ansiava conceder, ela precisa ser levada a reconhecer seu pecado e seu Salvador.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 139.

Leia João 4:16–24. O que Jesus fez para mostrar àquela mulher que Ele conhecia os seus segredos mais profundos? Qual foi a reação dela?

A luz era ofuscante demais para olhar diretamente. Enquanto reconhecia Jesus como um profeta, a mulher pratica a evitação novamente. Ela faz a Jesus uma pergunta sobre a controvérsia religiosa entre judeus e samaritanos o lugar apropriado para adorar.

Em resposta, Jesus destacou que os samaritanos não sabiam o que adoravam. Sua adoração era uma síntese do judaísmo e do paganismo. Os judeus adoravam o Deus que se revela outra admissão importante para um samaritano.

A adoração ao Deus verdadeiro não está vinculada a um lugar. A discussão, portanto, sobre um lugar de adoração era irrelevante para a conversa. Pois Deus é espírito, e aqueles que O adoram devem fazê-lo em espírito e em verdade. A mulher aceitou a verdade clara transmitida por Jesus e estava pronta para mais.

Leia João 4:25, 26. Como Jesus revelou Sua identidade?

Em todos os quatro Evangelhos, esta é a única passagem antes de Seu julgamento em que Jesus declarou claramente a alguém que Ele era o Messias. Como em João 9:35-38. E Ele não fez isso para uma grande multidão ou personagem importante, mas para uma mulher samaritana sem nome, sozinha, no poço de Jacó. Ele está interessado em qualquer alma solitária que se sinta separada.

E então, para essa mulher, que não só era de uma cultura estrangeira, mas também não era do mais alto caráter moral, Jesus revela abertamente quem Ele é. E, tendo revelado a ela Seu conhecimento de seus segredos mais obscuros, Ele também deu a essa mulher uma grande razão para acreditar Nele, também.

Pensa nessa história e responda: Por que o evangelho precisa quebrar as barreiras que nós, seres humanos, criamos uns com os outros?

Leia João 4:27–29. Que ação surpreendente a mulher tomou?

A discussão de Jesus com a mulher foi interrompida pela chegada dos discípulos. Embora surpresos por Ele estar falando com uma mulher, eles não O questionaram. Em vez disso, eles O instaram a comer. A mulher, entretanto, deixou seu pote de água e correu para a cidade para compartilhar com outros o que ela tinha acabado de vivenciar com Jesus.

Leia João 4:30–42. O que aconteceu após esse encontro e o que ele ensina sobre como o evangelho pode ser proclamado?

Parece estranho que a narrativa de Jesus sobre uma colheita interrompesse a história da conversão de muitos na cidade. Mas João quer que vejamos como Jesus entendeu o que estava acontecendo. Compartilhar o plano de salvação com uma mulher samaritana era muito mais importante para Ele do que comer. Levar almas à salvação era Seu propósito, e Ele usou essa ocasião para ensinar a Seus discípulos a urgência de compartilhar o evangelho com todas as pessoas, mesmo com aquelas que não eram como elas.

Há muitos pontos altos no Evangelho de João. Certamente João 4:39–42 está entre eles. Muitos dos samaritanos creram por causa do testemunho da mulher: “Ele me disse tudo o que eu já fiz” (João 4:39).

Os samaritanos pediram a Jesus para ficar com eles. O resultado foi que muitos mais creram por causa da Palavra de Jesus. “Então eles disseram à mulher: 'Agora cremos, não por causa do que você disse, pois nós mesmos o ouvimos e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo' ” (João 4:42).

Reflita sobre essa história e responda: Quão poderoso pode ser o testemunho de uma só pessoa? Você é uma testemunha eficaz do que Jesus tem feito em sua vida?

Leia Ellen G. White, Junto ao Poço de Jacó”, pp. 137-146, em O Desejado de Todas as Nações.

“Assim que encontrou o Salvador, a mulher samaritana trouxe outros a Ele. Ela provou ser uma missionária mais eficaz do que Seus próprios discípulos. Os discípulos não viram nada em Samaria que indicasse que era um campo encorajador. Seus pensamentos estavam fixados em uma grande obra a ser feita no futuro.

Eles não viam que bem ao redor deles havia uma colheita a ser reunida. Mas por meio da mulher a quem desprezavam, uma cidade inteira foi levada a ouvir o Salvador. Ela levou a luz imediatamente aos seus compatriotas

. “Esta mulher representa a ação de uma fé prática em Cristo. Todo verdadeiro discípulo nasce no reino de Deus como um missionário. Aquele que bebe da água viva se torna uma fonte de vida. O recebedor se torna um doador. A graça de Cristo na alma é como uma fonte no deserto, jorrando para refrescar a todos, e tornando aqueles que estão prestes a perecer ansiosos para beber da água da vida.” — Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 146

Questões para discussão:

 Quais são os tabus e preconceitos encontrados na sua cultura que poderiam dificultar seu próprio testemunho os outros?

 Por que você Jesus teve uma recepção tão calorosa entre os samaritanos, mas não entre alguns de Seu próprio povo?

 Coloque-se no lugar da samaritana. Um estranho diz a ela que conhece seus segredos. Como um Desconhecido poderia saber aquelas coisas? Não admira que ela tenha ficado impressionada com Jesus. Você crê que o o Senhor sabe tudo sobre nós, mesmo os segredos mais profundos que não gostaríamos que ninguém soubesse? Apesar disso, com Jesus a tratou? De que modo Ele deseja lidar connosco, mesmo conhecendo nossos segredos? Que conforto você encontra nessa verdade?

 Quais temas centrais de João encontramos no ministério de Jesus à samaritana?

Por Andrew Mcchesney

Durante a maior parte de sua vida, Rob Schetky, um oficial aposentado da Marinha dos EUA, lutou familiarizado com a Bíblia e seu significado.

Antes agnóstico, Rob buscava a vontade de Deus, mas o Sábado representava um problema. Ele ficava furioso quando as pessoas faltavam à igreja e se envolviam em atividades cotidianas no domingo. Ele perguntou: "Por que você está jogando golfe no domingo?" Mas por dentro ele se perguntava: Onde na Bíblia Deus mudou o Sábado?

Rob parou de ir à igreja. Ele estava procurando uma nova igreja em Fairbanks, no estado americano do Alasca, quando um livro não solicitado chegou em sua caixa de correio. “Esse é um nome interessante”, ele pensou, examinando o livro. “Eu me pergunto o que é O Grande Conflito .” Ao sair do correio, ele passou por uma pilha de livros sobre o Grande Conflito que outras pessoas tinham descartado em um balcão. Foi um envio em massa.

Em casa, Rob ficou absorto no livro. Ele ficou animado ao ler como os humanos, não Deus, mudaram o dia de adoração do Sábado. Uau!, pensou. Alguém está contando a história da igreja de uma forma muito lógica. Entrando em contato com um amigo, ele disse: “Encontrei uma ótima história do cristianismo. Chama-se O Grande Conflito.”

Mais tarde, o amigo ligou de volta. “Você tem que ir embora”, ele disse. “Essa é a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Eles são uma seita!” Rob ficou surpreso. Ele não tinha notado o nome da autora do livro, Ellen White, e não sabia que ela tinha sido cofundadora da Igreja Adventista. “Não, eles não são uma seita”, ele disse.

“Eles apenas acreditam na Palavra de Deus.” Após a conversa, Rob se perguntou se os Adventistas adoravam em Fairbanks. Procurando online, ele encontrou uma igreja localizada a apenas 10 minutos de carro. No Sábado, ele pegou sua Bíblia e The Great Controversy e foi à igreja. Ele estava lendo o livro há menos de um mês.

A primeira pessoa a cumprimentá-lo na igreja foi uma professora da Escola Sabatina, Helen. Ela expressou surpresa quando soube que ele tinha vindo por causa do Grande Conflito. “Você simplesmente destruiu minhas reclamações”, ela disse.

Ela estava preocupada que o tamanho pequeno do texto do livro tornasse impossível a leitura.

No entanto, Rob já tinha lido três quartos do livro e ele tinha ido à igreja para aprender mais.

Fornecido pelo Escritório da Conferência Geral da Missão Adventista, que usa as ofertas missionárias da Escola Sabatina para espalhar o evangelho em todo o mundo. Leia novas histórias diariamente em www.licao.org/historias.

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