DEUS LUTA POR VOCÊS

Sábado, 25 de Outubro

VERSO PARA MEMORIZAR:
“E, de uma vez, tomou Josué todos estes reis e as suas terras, porquanto o senhor, Deus de Israel, pelejava por Israel’’ (Josué 10:42).

Leituras da semana:
Gêneses 15;16; Levítico 18:24-30; 2 Timóteo 4;1,8; Êxodo 23:28-30; Deuteronômio 20;10,15-18; Isaías 9:6
O livro de Josué contém algumas cenas perturbadoras. Questões sérias são levantadas pelo conceito de uma guerra divina ou santa que retrata um grupo de pessoas com um mandato dado por Deus para destruir outro grupo.

A questão da guerra divina no Antigo Testamento é desafiadora. Deus aparece no Antigo Testamento como o Senhor soberano do universo; portanto, tudo o que acontece deve, de alguma forma, estar relacionado à Sua vontade direta ou indireta. Assim, a pergunta “Como Deus pode permitir tais coisas?” torna-se inevitável. Na semana passada, vimos que o próprio Deus está envolvido em um conflito que é muito maior do que qualquer guerra ou batalha travada na história humana, uma batalha que permeia todos os aspectos de nossas vidas. Vimos, também, que os eventos tanto da história bíblica quanto da história secular podem ser plenamente compreendidos apenas à luz desse conflito.

Nesta semana, continuamos a explorar a complexidade das guerras sancionadas divinamente, as limitações e condições da guerra divina, a visão final de paz oferecida pelos profetas do Antigo Testamento e as implicações espirituais de tais guerras.

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 01 de Novembro.

Domingo, 26 de Outubro

Leia Gênesis 15:16; levítico 18:24-30; Deuteronômio 18:9-14; Esdras 9:11. O que esses textos nos dizem sobre o plano maior de Deus em oferecer a terra de Canaã aos israelitas?

Precisamos olhar além do livro de Josué para compreender completamente o que se entendia pela iniquidade das nações que habitavam Canaã. As práticas abomináveis dessas nações de sacrifício de crianças, adivinhação, feitiçaria, bruxaria, necromancia e espiritismo nos dão uma indicação (Deuteronômio 18:9–12).

A descoberta dos antigos textos ugaríticos (da cidade de Ras Shamra) fornece mais compreensão sobre a religião e sociedade cananeia, e eles demonstram que a condenação dessa cultura não era apenas compreensível, mas — de acordo com os padrões morais do Antigo Testamento — também justificada.

A religião cananeia era baseada na crença de que os fenômenos naturais, que asseguravam a fertilidade, eram controlados pelas relações sexuais entre deuses e deusas. Assim, eles imaginavam a atividade sexual das divindades em termos de seu próprio comportamento sexual e se engajavam em práticas sexuais rituais para incitar os deuses e deusas a fazerem o mesmo. Esse conceito resultou na instituição da prostituição “sagrada”, envolvendo prostitutas masculinas e femininas engajadas em ritos orgiásticos, novamente tudo como parte de suas próprias práticas religiosas!

Uma nação não pode se elevar a um terreno moral que seja mais alto do que o dos deuses que seu povo adora. Como resultado de tal compreensão de suas divindades, não é de admirar que as práticas religiosas dos cananeus incluíssem o sacrifício de crianças, contra o qual a Bíblia advertiu especificamente.

Evidências arqueológicas confirmam que os habitantes de Canaã sacrificavam regularmente seus filhos primogênitos aos deuses, na verdade demônios, que eles adoravam. Pequenos esqueletos encontrados esmagados em grandes jarros com inscrições votivas testemunham de sua religião degradante e o que isso significava para muitos de seus filhos.

A eliminação dos cananeus, então, não foi uma reflexão posterior, algo que surgiu na esteira da decisão de Deus de dar a terra de Canaã aos israelitas. Aos habitantes de Canaã foi concedido um tempo de provação, um tempo de misericórdia adicional durante o qual eles tiveram a oportunidade de descobrir Deus e Seu caráter através do testemunho dos patriarcas vivendo entre eles. Eles tiveram a chance, mas obviamente a desperdiçaram e continuaram em suas práticas abomináveis até que o Senhor finalmente teve que pôr um fim a eles.

Segunda, 27 de Outubro

Leia Gênesis 18;25; Salmos 7:11; 50:6; 82:1; 96:10; 2 Timóteo 4:1,8. O que esses versos dizem sobre o caráter moral de Deus? De que forma seu papel como juiz do Universo nos ajuda a entender a questão da guerra divina?

A santidade do caráter de Deus significa que Ele não pode tolerar o pecado. Ele é paciente. No entanto, o pecado deve colher sua consequência final, que é a morte (Romanos 6:23). Yahweh declarou guerra contra o pecado, independentemente de onde ele fosse encontrado, seja em Israel ou entre os cananeus. Israel não foi santificado através da participação em guerras santas mais do que outras nações foram (Deuteronômio. 9:4, 5; 12:29, 30), mesmo quando elas se tornaram o meio do julgamento de Yahweh contra Sua nação escolhida. Diferente de outros povos do antigo Oriente Próximo, os israelitas experimentaram a reversão da guerra santa quando Deus não lutou por eles, mas contra eles, permitindo que seus inimigos os oprimissem (compare com Josué 7).

Todo o conceito de guerra santa pode ser compreendido apenas se for visto à luz da atividade de Deus como juiz. Quando visto dessa forma, as guerras de conquista de Israel assumem um caráter completamente diferente. Em contraste com as guerras imperialistas de autoengrandecimento, tão comuns no mundo antigo (e no nosso hoje), as guerras de Israel não eram destinadas a conquistar glória para si mesmos, mas a estabelecer a justiça e a paz de Deus na terra. Portanto, no coração da compreensão do conceito de guerra santa está o conceito do governo e da soberania de Deus, que estão em jogo na imagem de Deus como guerreiro, assim como estão na imagem de Deus como rei ou como juiz.

Yahweh como guerreiro é Aquele que, como juiz, está comprometido em implementar, estabilizar e manter o governo da lei, que é o reflexo de Seu caráter. A imagem de Deus como guerreiro, semelhante à de juiz e rei, afirma que Yahweh não tolerará a rebelião contra Sua ordem estabelecida para sempre. Portanto, pode-se afirmar que o objetivo da atividade de Yahweh nunca é a guerra em si, ou a vitória em si, mas o restabelecimento da justiça e da paz. Em última análise, julgar e travar guerra, ou promover justiça, são a mesma coisa se Deus for o sujeito da ação.

Reflita no fato de que Deus é um justo Juiz, que não pode ser subordinado nem influenciado pela parcialidade. Como a verdade de um Deus que não tolerará para sempre o pecado, a opressão, o sofrimento dos inocentes e a exploração dos oprimidos é parte integrante do evangelho?

Terça, 28 de Outubro

Leia Êxodo 23:28-30; 33:2; 34:11; Números 33:52; Deuteronômio 7:20. Compare esses textos com Êxodo 34;13; Deuteronômio 7:5; 9;3; 12:2, 3; 31;3, 4. O que essas passagens revelam sobre o propósito da conquista de Canaã e a extensão da destruição?

O propósito original de Deus para os cananeus não era a aniquilação, mas, em vez disso, a desapropriação. Um exame das passagens que descrevem a maneira como Israel tinha que se envolver nas batalhas da conquista usava termos que falam sobre a desapropriação, ejeção e dissipação realizadas contra os habitantes da Terra Prometida. O segundo grupo de termos que expressam destruição e têm Israel como o sujeito da ação referem-se principalmente a objetos inanimados, como artigos de adoração pagã e objetos devotados à destruição. Evidentemente, os lugares de adoração pagã e os altares constituíam os principais centros da religião cananeia.

A guerra santa é principalmente orientada para a cultura e sociedade corruptas de Canaã. Para evitar a contaminação, Israel tinha que destruir todos os elementos que estavam propagando a corrupção. No entanto, todos os habitantes de Canaã, e aqueles que, individualmente, reconheceram a soberania de Deus antes da conquista, ou mesmo durante a conquista, foram capazes de escapar através da imigração (Josué 2:9–14; compare com Juízes 1:24–26). A única parte da população cananeia condenada à destruição eram aqueles que se retiraram para as cidades fortificadas, obstinadamente continuaram a se rebelar contra o plano de Deus para os israelitas e endureceram seus corações (Josué 11:19, 20).

No entanto, isso levanta uma questão: Se o propósito inicial de conquistar Canaã era expulsar os habitantes da terra e não os aniquilar, por que os israelitas tiveram que matar tantas pessoas?

A análise dos textos bíblicos relacionados à conquista de Canaã revelou que a intenção original da conquista implicava a dissipação da população cananeia. No entanto, a maioria dos cananeus, como o faraó do Egito, endureceu seus corações e, como tal, tornou-se um com a cultura a tal ponto que a destruição de sua cultura significava que eles também tinham que ser destruídos.

Quais elementos de seu caráter e de seus hábitos precisam ser eliminados?

Quarta, 29 de Outubro

Leia Deuteronômio 20:10, 15-18; 13:12-18; Josué 10:40. Como a lei sobre a guerra e os procedimentos contra cidades idólatras em Israel, apresentados em Deuteronômio, nos ajudam a entender os limites da destruição na guerra em que os israelitas estavam envolvidos?

O texto hebraico usa um termo único para descrever a destruição de pessoas em guerra: hêrem. Esse termo refere-se ao que é “condenado”, “amaldiçoado” ou “entregue à destruição”. Na maioria das vezes, ele designa a colocação completa e irrevogável de pessoas, animais ou objetos inanimados no domínio exclusivo de Deus, o que na guerra envolvia, na maioria dos casos, a destruição deles. O conceito e a prática de hêrem como uma erradicação total de um povo em guerra precisam ser compreendidos à luz do conflito de Yahweh com as forças cósmicas do mal, onde Seu caráter e reputação estão em jogo.

Novamente, desde o surgimento do pecado no mundo, não há neutralidade: alguém está ou do lado de Deus ou contra Ele. Um lado leva à vida, vida eterna, e o outro à morte, morte eterna.

A prática de destruição total (hêrem) descreve o julgamento justo de Deus contra o pecado e o mal. Deus delegou unicamente a execução de parte de Seu julgamento à Sua nação escolhida, o antigo Israel. A devoção à destruição estava sob Seu rígido controle teocrático, limitado a um certo período da história, a conquista, e a uma área geográfica bem definida, a antiga Canaã. Como vimos no estudo de ontem, aqueles que caíram sob a proibição de destruição consistentemente se rebelaram contra os propósitos de Deus e os desafiaram, nunca se arrependendo também. Portanto, a decisão de Deus de destruí-los não foi nem arbitrária nem nacionalista.

Além disso, Israel esperaria o mesmo tratamento se decidisse adotar o mesmo estilo de vida dos cananeus (ver Deuteronômio 13). Mesmo que pareça que os grupos situados em ambos os lados da guerra divina são predefinidos (os israelitas devem herdar a terra e os cananeus devem ser destruídos), há a possibilidade de se mover de um lado para o outro, como veremos nos casos de Raabe, Acã e os gibeonitas.

Portanto, as pessoas não eram arbitrariamente protegidas ou destruídas. Aqueles que se beneficiavam do relacionamento com Yahweh podiam perder essa condição privilegidada caso se rebelassem, e aqueles que seriam entregues á destruição podiam se submeter á autoridade de yahweh e vier.

Que lições tiramos do desafio dos cananeus a Deus? Como nossas escolhas hoje impactam nossa vida?

Quinta, 30 de Outubro

Como os textos seguintes descrevem o futuro que Deus havia planejado para Seu povo? Isaías 9:6; 11:1-5; 60:17; Oseias 2:18; Malaquias 4:3

Embora o foco principal da lição desta semana tenha constituído as guerras divinamente comandadas e assistidas do Antigo Testamento, precisamos mencionar a presença de outro tema igualmente significativo dos escritos proféticos do Antigo Testamento: a visão futura da era Messiânica pacífica.

O Messias é retratado como o “Príncipe da Paz” (Isaías 9:6). Ele inaugurará um reino dominado pela paz, onde o leão e o cordeiro pastarão juntos (Isaías 11:1–8), no qual não haverá destruição ou dano (Isaías 11:9), e onde a paz governará (Isaías 60:17) e fluirá como um rio (Isaías 66:12).

Leia 2 Reis 6:16-23. O que essa história revela sobre os propósitos mais profundos de Deus para Seu povo e a humanidade?

Considere a história da alimentação do exército sírio por iniciativa de Eliseu. Em vez de massacrá-los (2 Reis 6:22), ele exibiu a eles o ideal supremo, a paz, que sempre foi o desejo de Deus para Seu povo. É interessante observar que Eliseu está plenamente ciente da superioridade do exército invisível que cerca o inimigo (2 Reis 6:16, 17).

Por mais que Deus esteja envolvido em um conflito cósmico que também afetou nosso planeta, o objetivo final da redenção não é um conflito perpétuo ou mesmo uma subjugação eterna do inimigo em um estado de escravidão, mas, em vez disso, a paz eterna. Como a violência gera violência (Mateus 26:52), a paz gera paz. A história conclui afirmando que os “sírios não vieram mais em incursões à terra de Israel” (2 Reis 6:23).

De que maneiras, ao imitar Jesus, você pode ser uma agente de paz nos conflitos que enfrenta hoje?

Sexta, 31 de Outubro

Leia Ellen G. White, “As muralhas de Jericó”, p. 428–430, em Patriarcas e Profetas.

Como em tudo na Bíblia, conhecer o contexto e o contexto é crucial. Como vimos, o conflito cósmico e o tema de Deus como juiz são cruciais para a compreensão dessas guerras contra os cananeus.

Deus é tardio em irar-se. Ele deu às nações ímpias um tempo de graça para que pudessem se familiarizar com Ele e com o Seu caráter. De acordo com a luz dada, foi a condenação delas por se recusarem a receber a luz e escolherem seus próprios caminhos em vez dos caminhos de Deus. Deus deu a razão pela qual Ele não desapossou os cananeus imediatamente.

A iniquidade dos amorreus não era completa. Por meio de sua iniquidade, eles estavam gradualmente se levando ao ponto em que a paciência de Deus não poderia mais ser exercida e seriam exterminados. Até que esse ponto fosse alcançado e sua iniquidade fosse completa, a vingança de Deus seria adiada. Todas as nações teriam um período de graça.

Aqueles que anulassem a lei de Deus avançariam de um grau de iniquidade para outro. Os filhos herdariam o espírito rebelde de seus pais e fariam pior do que seus pais antes deles, até que a ira de Deus caísse sobre eles. O castigo não seria menor por ter sido adiado. — (Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista, v. 2, p. 1110).

Questões para discussão:

 Deus é nosso Juiz pessoal, bem como o Juiz supremo do Universo. O que isso significa? O fato de Deus ser o Juiz é fundamental para o evangelho e para nossa salvação?

 A história dos cananeus nos ajuda a compreender a paciência e a justiça de Deus? Como refletir o caráter de Deus na maneira de lidar com os outros?

 Por que Deus respeita nossa liberdade de escolha? E qual é a relação entre amor e livre-arbítrio?

 Embora o Antigo Testamento contenha histórias de guerra, ele prevê um futuro de paz. Qual é o papel dos cristãos na promoção da paz?

Informativo mundial da Missão

Maria olhou nervosamente para David enquanto o homem se aproximava deles em sua casa, em uma grande cidade no sul da Ásia. O celular do homem estava gravando enquanto ele esperava que respondessem à pergunta da esposa sobre suas crenças religiosas.

"Como eu já disse, somos Adventistas do Sétimo Dia", disse David.

"Isso significa que vocês são cristãos?", perguntou o homem.

David orou em silêncio. Ele sabia que muitas pessoas no país não estavam abertas ao cristianismo porque estavam incomodadas com a realidade de que muitos cristãos bebiam álcool e comiam alimentos impuros, o que sua religião proibia.

"Deixe-me explicar", disse David. "Acreditamos no que a Torá diz, incluindo passagens como Deuteronômio 6:4, que diz: 'O Senhor nosso Deus é o único Senhor!' Acreditamos que há um só Deus. Este versículo nos diz isso."

"Interessante", disse o homem.

“Também acreditamos no mandamento da Torá que diz que devemos adorar o Senhor em Seu Shabat, que começa na sexta-feira ao pôr do sol e dura até o pôr do sol de Sábado”, disse David.

Então ele falou sobre o Senhor condenar a carne de porco em Isaías 66:17.

O homem continuou gravando a conversa, mas sua carranca concisa lentamente se transformou em um sorriso.

David continuou: “Acreditamos que nossos corpos são o templo de Deus e nos foram emprestados. Enquanto estivermos aqui na Terra, devemos cuidar deles.”

O homem sorriu largamente.

“Não acreditamos em prejudicar nossos corpos fumando ou bebendo álcool.”

O homem disse: “Acredito que nosso encontro foi divinamente ordenado.” Ele se levantou e saiu. Retornando com comida, colocou-a na mesa e insistiu que os visitantes comessem. “Este não foi um encontro acidental”, repetiu repetidamente. “Foi marcado de cima.”

Então, ele fez uma oração de gratidão pelo encontro inesperado e uma bênção sobre a comida. Depois disso, ele trouxe seu filho adulto de uma sala dos fundos, dizendo: "Quero que vocês conheçam essas pessoas". Virando-se para David e Maria, ele disse: "Quero compartilhar minha família com vocês". Ele se desculpou por não poder comer com sua família, pois estavam em jejum.

Enquanto os visitantes comiam, ele os bombardeou com perguntas sobre O Grande Conflito. Pareceu agradecido pelas respostas. Então, disse: "Estamos felizes por vocês terem vindo hoje e sabemos que foram enviados para cá. Isso não foi um acidente. Seremos tolerantes com vocês, e que a paz esteja com vocês".

Enquanto os visitantes se preparavam para ir embora, ele os abençoou, dizendo: "Que vocês tenham paz e bênçãos, especialmente ao passarem por nossos bairros".

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