Um caminho para o perdão
Segunda, 24 de JulhoAo contrário das três ofertas que já discutimos (a oferta queimada, a oferta de cereais e a oferta de comunhão), a oferta pelo pecado encontrada em Levítico 4 não era opcional; era obrigatória. Curiosamente, antes que a oferta pelo pecado fosse introduzida em Israel, a oferta queimada tinha servido em seu lugar por centenas de anos. Deus, em Sua sabedoria, criou esse sacrifício distinto para nos ajudar a compreender melhor o alto valor que Ele atribui ao perdão. Tornou-se a mais importante de todas as ofertas e descreveu de forma mais bela o futuro trabalho de Jesus!
Se um israelita quisesse que seus pecados fossem perdoados e cobertos (expiados) e se quisesse ser restaurado a um relacionamento correto com Deus, precisava trazer uma oferta pelo pecado e apresentá-la "diante do Senhor" (Levítico 4:4, 7, 15, 18, 24). Ela tinha que ser oferecida diante do Senhor porque o pecado é essencialmente um ato de desobediência e rebelião contra Deus e Sua lei. Sim, o pecado prejudica nossos semelhantes humanos, mas é, antes de tudo, uma atrocidade contra Deus.
Levítico 4 mostra repetidamente que Deus define o pecado como a quebra dos Dez Mandamentos (versículos 2, 13, 22, 27). Essa definição é encontrada tanto no Antigo como no Novo Testamento, pois em 1 João 3:4 aprendemos que "o pecado é a transgressão da lei de Deus". Ele está em completa oposição ao belo e amoroso caráter de Deus (Mateus 22:37-40; 1 João 4:8).
Em Sua grande misericórdia, Deus ofereceu completo perdão a todos que viessem a Ele com um coração arrependido, confessassem seus pecados e fizessem uma oferta (Levítico 4:20, 26, 31, 35). Quer fosse um membro da comunidade israelita, um líder ou um sacerdote, uma pessoa poderia oferecer um sacrifício a qualquer momento e receber completo perdão e paz na presença do Senhor. O processo era simples, mas intenso. A pessoa traria um bode, um cordeiro ou um boi ao Senhor, colocaria a mão sobre o animal, confessaria seu pecado específico (Levítico 5:5) e, assim, o transferiria para o sacrifício, que se tornava seu substituto. Em seguida, tiraria a vida do animal inocente, que, como descobrimos em nosso estudo das ofertas anteriores, representava nosso maravilhoso Salvador (João 3:16).
Ao longo deste incrível capítulo, vemos vislumbres de Jesus em todos os lugares: Assim como os sacrifícios deveriam ser sem defeito, Jesus é nosso Salvador perfeito e imaculado (Lv 4:3, 23, 28). Assim como a oferta pelo pecado - sem sua gordura - era levada para fora do acampamento de Israel e queimada, Jesus foi levado para fora da cidade de Jerusalém e experimentou a ardente ira de Deus (contra o pecado) em nosso lugar no Calvário (versículos 12, 21). Assim como o sacrifício de Cristo era um aroma agradável a Deus, a oferta pelo pecado também o era.