VERSO PARA MEMORIZAR:Apartir do Título, e do estudo da semana, anote suas impressões sobre o que se trata a lição:
Leituras da semana:
Apocalipse 14:6-12
A Igreja Adventista do Sétimo Dia está presente em 218 dos 235 países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas. Isso pode parecer impressionante, mas é importante notar que mesmo nos países em que nossa igreja está presente, há bilhões de pessoas que nunca ouviram falar do nome de Cristo. Nossa missão global é impulsionada por uma mensagem única que nenhuma outra igreja prega.
Nossa mensagem é resumida nas três mensagens dos anjos de Apocalipse 14:6–12. O primeiro anjo anuncia que o julgamento de Deus chegou (entendido através da profecia dos 2.300 dias). O segundo revela os pecados de Babilônia. O terceiro nos instrui a evitar a marca da besta, a obedecer aos mandamentos de Deus e a ter a fé de Jesus. O terceiro anjo também declara que nenhuma nação pode impor uma forma de adoração que vá contra a Palavra de Deus
. A liberdade religiosa é fundamental para a advertência contra receber a marca da besta. Apocalipse 14 esclarece a doutrina da morte e tem como objetivo preparar as pessoas para a Segunda Vinda. A igreja compreendeu corretamente e oficialmente adotou cada um dos tópicos das mensagens nos anos seguintes a 1844.
Uma visão geral dessas três mensagens foi publicada pela primeira vez no panfleto de 1846 intitulado "Uma Palavra ao Pequeno Rebanho", escrito por Joseph Bates e os Whites. Desde então, nossa compreensão desses versículos importantes se aprofundou, mas não mudou. Eles resumem o aviso final e o convite de Apocalipse e explicam a missão e a mensagem da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A lição desta semana explorará o significado e a importância dessas mensagens.
As mensagens dos três anjos, que os primeiros adventistas começaram a estudar seriamente no início da década de 1840, são as últimas mensagens que serão compartilhadas com o mundo inteiro antes da vinda de Cristo. O primeiro anjo de Apocalipse 14 nos ordena a temer a Deus e adorá-Lo porque a hora de Seu julgamento chegou. As mensagens dos três anjos como um todo nos levam ao versículo 14, que descreve a segunda vinda de Jesus nas nuvens do céu. Portanto, concluímos que o propósito dessas mensagens é preparar as pessoas para esse evento tão esperado.
Essas mensagens sempre tiveram um profundo impacto onde quer que fossem pregadas. Com uma visão clara dos julgamentos de Deus que se aproximam contra o mundo, os pregadores adventistas primitivos apelaram para suas audiências se prepararem com urgência para o retorno iminente de Cristo. O Espírito Santo moveu muitas pessoas a voltarem seus corações para Deus por meio desses apelos.
Com base em sua interpretação da profecia dos 2.300 dias de Daniel 8:14, os primeiros adventistas milleritas calcularam inicialmente que Jesus apareceria nas nuvens do céu para libertar Seu povo e trazer julgamento contra os ímpios na primavera de 1843. Quando Ele não apareceu na época esperada, eles continuaram estudando a Bíblia e concluíram que Ele viria naquele outono, eventualmente fixando o dia 22 de outubro de 1844 como o dia do retorno de seu Senhor.
Em 1844, a relação entre os crentes adventistas e as igrejas estabelecidas estava muito tensa. Igrejas que haviam hospedado pregadores adventistas por anos começaram a fechar suas portas para esses mesmos pregadores. Muitos adventistas estavam sendo excluídos das igrejas a que pertenciam há anos. Como resultado, os adventistas sentiram-se compelidos a fazer algo que não queriam fazer; eles começaram a se separar das igrejas estabelecidas. Quando não eram mais bem-vindos, perceberam que era hora de se afastar. Estudando a mensagem do segundo anjo em Apocalipse 14:8, eles acreditavam que muitas das igrejas estavam espiritualmente caídas e que não poderiam mais se sentir em casa nelas. No verão de 1844, cerca de 50.000 crentes deixaram suas igrejas.
Os meses e semanas que antecederam 22 de outubro produziram uma experiência de unidade, confissão, humildade, separação e profundo amor fraternal entre aqueles que aceitaram a fé Adventista. Suas maiores esperanças foram amargamente frustradas quando 22 de outubro chegou e passou. A maioria se afastou ou estabeleceu novas datas. Através de um estudo mais profundo da Bíblia, apenas um pequeno grupo de pessoas concluiu que o erro estava na interpretação equivocada do evento. Das cinzas dessa decepção dolorosa, as mensagens dos três anjos continuariam a ser proclamadas com grande força e clareza.
Apocalipse 10:11. O capítulo 10 retrata a amarga decepção que o povo de Deus enfrentou, o capítulo 12 descreve as características da igreja que guarda os mandamentos de Deus nos últimos tempos, e o capítulo 14 delineia a mensagem que esse povo espalhará - uma mensagem que você e eu precisamos entender e compartilhar com o mundo. As três mensagens dos anjos são ainda mais necessárias hoje do que eram na década de 1840. Que possamos estudar, compreender, viver e proclamar as verdades destinadas a nos preparar para o breve retorno de Jesus.
O evangelho não muda de geração em geração; embora nossa compreensão dele possa aprofundar com o tempo, toda geração é salva pelo mesmo evangelho. Porque Apocalipse 14:6 declara o evangelho como "eterno", podemos inferir que, enquanto houver pessoas para serem salvas, ele continuará sendo pregado. As mensagens dos três anjos são o evangelho contextualizado para as pessoas que vivem no fim do mundo. Com o evangelho eterno como base de toda a mensagem, o Versículo 7 começa com um chamado para "temer a Deus e dar-Lhe glória". A palavra grega traduzida aqui como temer significa mostrar reverência; não se refere a ter medo. Eclesiastes 12:13 relaciona a frase "temer a Deus" com a guarda de Seus mandamentos, então Apocalipse 14:7 é um chamado para reverenciar e obedecer a Deus. A segunda parte da frase, "dar-Lhe glória", refere-se a honrá-Lo na forma como vivemos nossas vidas. 1 Coríntios 10:31 afirma isso, instruindo-nos a fazer tudo para a glória de Deus, independentemente de quão pequeno pareça ser.
O Versículo 7 continua declarando que a hora do juízo chegou, um fato que se espera que a igreja do fim dos tempos de Deus conte ao mundo. Essa parte da mensagem começou a ser pregada antes de 1844, mas não foi plenamente compreendida até depois da Grande Decepção. A próxima parte do Versículo 7 nos chama a adorar o Criador do céu e da terra, e a redação é quase uma citação direta de Êxodo 20:11, que faz parte do quarto mandamento sobre o Sábado. Depois que os mileritas declararam a hora do juízo, a próxima grande verdade, descoberta por volta de 1846, foi o Sábado. Essa verdade foi usada como um grito de reunião para reunir os crentes novamente depois que a Grande Decepção os dispersou.
O Versículo 8 adverte que Babilônia caiu. Essa proclamação era aplicável no verão de 1844, mas muito mais à medida que o tempo avança, e a religião falsa é exposta por retratar uma imagem imprecisa do caráter de Deus. O nome Babilônia é derivado da palavra "babel" e se refere a um estado de confusão. O versículo declara que todas as nações da terra ficaram embriagadas pelo vinho de Babilônia. Bêbados que estão muito embriagados ficam tão confusos que não conseguem andar ou falar corretamente. Os habitantes do mundo ficaram embriagados pelo vinho de Babilônia, o que significa que se tornaram moralmente perturbados e espiritualmente confusos pelas doutrinas falsas de Babilônia. Quando os ensinamentos das igrejas apóstatas não harmonizam com a Bíblia, eles devem ser rejeitados.
Os Versículos 9–11 advertem o mundo contra receber a marca da besta, pois aqueles que o fizerem enfrentarão a plena ira de Deus. A ira de Deus foi misturada com misericórdia todas as outras vezes em que Ele a derramou sobre a humanidade, mas não desta vez. Apocalipse 15:1 indica que esta ira é realizada nas sete últimas pragas. Deus não quer que recebamos esses julgamentos; este é um apelo misericordioso, pois nos dá a chance de evitar o que está por vir.
O Versículo 12 termina chamando a atenção para "a paciência dos santos". Apesar dos ataques do poder da besta (veja Apocalipse 13:11–18), esse grupo permanece firme e suporta a perseguição. O povo de Deus tem duas características: eles guardarão os mandamentos de Deus (em contraste com aqueles nos versículos 9–11) e terão a fé de Jesus. É apenas confiando completamente em Deus que Seu povo não se conforma com as demandas do mundo.
► mensageiro do anjo falou com uma "voz alta". Por que essa mensagem precisa ser compartilhada em voz alta?
► Como as mensagens dos três anjos chegarão a todo o mundo se pelo menos três bilhões de pessoas ainda não ouviram o nome de Cristo?
► Como o Sábado está incluído nas mensagens dos três anjos?
► Como as mensagens dos três anjos nos preparam para a segunda vinda?
► De que outras maneiras a mensagem do evangelho e a verdade doutrinária estão conectadas? Quais seriam algumas das consequências de separá-las?
► Como podemos encontrar o tom certo ao compartilhar algumas das partes mais ofensivas de nossa mensagem, como sair de Babilônia?
►Quais promessas bíblicas você pode reivindicar quando está esperando pacientemente por algo?
Existe um debate recorrente nos círculos cristãos sobre se devemos priorizar a mensagem do evangelho ou a verdade doutrinária. Alguns argumentam que precisamos nos unir em torno do evangelho e não focar na doutrina, mas a missão de Jesus incluía ensinar doutrina (João 7:16). Aqueles que seguem a Cristo compartilham dessa mesma missão. Talvez essa disputa seja melhor respondida por Apocalipse 14:6–12, que começa com um anjo carregando o evangelho eterno e é seguido por versículos que explicam o evangelho por meio de verdades doutrinárias. O evangelho eterno está inextricavelmente ligado à verdade doutrinária neste trecho. Esses versículos incluem um chamado para colocar Deus em primeiro lugar, adorá-Lo como o Criador, que de certa forma é o ponto central de toda a mensagem do evangelho.
Um tema recorrente nos capítulos 13 e 14 é a adoração, e Deus nos criou para adorá-Lo. Essa mensagem nos chama de volta ao único e verdadeiro Criador e nos lembra que Deus fez literalmente tudo. Conhecer Deus como nosso Criador é a base da verdadeira adoração. Quando João escreveu em seu evangelho que todas as coisas foram criadas por meio de Jesus (João 1:1–3), ele colocou Jesus em Sua posição legítima como Aquele que é digno de nossa adoração.
O segundo anjo nos chama a nos separar de todos os sistemas falsos de adoração (Apocalipse 14:8; 18:1–4), um feito cada vez mais desafiador nas sociedades pluralistas em que vivemos. Babilônia é retratada como uma mulher prostituta em Apocalipse 17:5, o que significa que simboliza uma igreja apóstata ou sistema de igrejas. A Bíblia consistentemente usa mulheres infiéis para representar o povo de Deus quando eles são infiéis a Ele (Jeremias 3:20; Oséias 1:2; 2 Coríntios 11:2–4). A mensagem do segundo anjo significa que algumas igrejas estão em decadência, e Deus está chamando Seu povo para fora delas. A mensagem do terceiro anjo inclui um chamado para ser leal a Deus acima de tudo. A escolha é entre temer a Deus ou temer os homens. Quando o terceiro anjo conclui sua mensagem, nos é dada uma imagem de um grupo de pessoas que esperam pacientemente pelo retorno de Jesus enquanto guardam os mandamentos e a fé de Jesus. Todos que internalizam e vivem as mensagens dos três anjos fazem parte desse grupo.
Cada aspecto dessa mensagem está interconectado; cada um é essencial para entender os outros. Não podemos escolher quais partes estudar e ensinar e quais deixar para trás. Jesus faz parte tanto do aviso contra Babilônia na mensagem do segundo anjo quanto do convite para adorar nosso Criador na mensagem do primeiro anjo. Essa fusão de qualidades mostra claramente a dualidade de Deus, que a justiça e a misericórdia se encontraram e se fundiram em nosso Deus. Quando separamos o evangelho das doutrinas mais carregadas socialmente, estamos tirando parte da identidade de Cristo.
Em todas as gerações, Deus enviou Seus servos para repreender o pecado, tanto no mundo quanto na igreja. No entanto, as pessoas desejam ouvir palavras suaves, e a verdade pura e sem adornos não é aceitável. Muitos reformadores, ao embarcar em seu trabalho, determinaram exercer grande prudência ao atacar os pecados da igreja e da nação. Eles esperavam, pelo exemplo de uma vida cristã pura, levar o povo de volta aos ensinamentos da Bíblia. Mas o Espírito de Deus veio sobre eles como veio sobre Elias, levando-o a repreender os pecados de um rei ímpio e de um povo apóstata; eles não puderam deixar de pregar as palavras claras da Bíblia - doutrinas que eles relutaram em apresentar. Eles foram compelidos a declarar zelosamente a verdade e o perigo que ameaçava as almas. As palavras que o Senhor lhes deu, eles as proclamaram, sem medo das consequências, e o povo foi obrigado a ouvir o aviso.
"Assim será proclamada a mensagem do terceiro anjo. À medida que o tempo se aproxima para que seja dada com maior poder, o Senhor trabalhará por meio de instrumentos humildes, dirigindo as mentes daqueles que se consagram ao Seu serviço. Os obreiros serão qualificados mais pelo ungir de Seu Espírito do que pela formação de instituições literárias. Homens de fé e oração serão constrangidos a sair com zelo santo, declarando as palavras que Deus lhes dá. Os pecados de Babilônia serão expostos. Os resultados temíveis de impor as observâncias da igreja pela autoridade civil, os avanços do espiritualismo, o progresso furtivo, mas rápido, do poder papal, tudo será desmascarado. Com esses solenes avisos, o povo será agitado. Milhares e milhares ouvirão, nunca tendo ouvido palavras como estas. Com espanto, eles ouvirão o testemunho de que Babilônia é a igreja, caída por causa de seus erros e pecados, por causa de sua rejeição da verdade enviada a ela do céu."
"Um grande despertar religioso sob a proclamação da vinda iminente de Cristo é predito na profecia da mensagem do primeiro anjo de Apocalipse 14... A mensagem em si lança luz quanto ao momento em que esse movimento acontecerá. É declarado ser parte do 'evangelho eterno'; e anuncia a abertura do julgamento. A mensagem da salvação foi pregada em todas as eras; mas essa mensagem é uma parte do evangelho que só poderia ser proclamada nos últimos dias, pois somente então seria verdade que a hora do julgamento havia chegado."
"Num sentido especial, os Adventistas do Sétimo Dia foram colocados no mundo como sentinelas e portadores de luz. Foi-lhes confiada a última advertência para um mundo que perece. Sobre eles está brilhando uma luz maravilhosa da Palavra de Deus. Foi-lhes dado um trabalho de importância supremo, a proclamação das mensagens dos três anjos. Não há outro trabalho de tamanha importância. Eles não devem permitir que nada mais absorva sua atenção. As verdades mais solenes já confiadas a mortais nos foram dadas para proclamar ao mundo."