Liberdade de Escolha
Sexta, 19 de Janeiro"Apesar do aviso de Cristo, os homens buscaram arrancar o joio. Para punir aqueles que eram supostamente malfeitores, a igreja recorreu ao poder civil. Aqueles que diferiam das doutrinas estabelecidas foram aprisionados, torturados e mortos, instigados por homens que afirmavam agir sob a sanção de Cristo. Mas é o espírito de Satanás, não o Espírito de Cristo, que inspira tais atos. Este é o método próprio de Satanás para submeter o mundo ao seu domínio. Deus foi mal representado através da igreja por meio desse modo de lidar com aqueles supostos hereges." (Ellen White, Lições de Cristo [1900], 74.)
"Cristo ensinou claramente que aqueles que persistem em pecado aberto devem ser separados da igreja, mas Ele não nos confiou a tarefa de julgar caráter e motivo. Ele conhece nossa natureza muito bem para confiar esse trabalho a nós. Se tentássemos arrancar da igreja aqueles que supomos ser cristãos falsos, certamente cometeríamos erros. Muitas vezes consideramos como sujeitos sem esperança aqueles mesmos a quem Cristo está atraindo para Si. Se lidássemos com essas almas de acordo com nosso julgamento imperfeito, isso poderia extinguir talvez a última esperança delas. Muitos que se consideram cristãos serão encontrados querendo no final. Muitos estarão no céu a quem seus vizinhos supunham que nunca entrariam lá. O homem julga pela aparência, mas Deus julga o coração. O joio e o trigo devem crescer juntos até a colheita; e a colheita é o fim do tempo probatório." (Ibid., 71, 72.)
"Era a política de Roma apagar todo vestígio de dissidência de suas doutrinas ou decretos. Tudo herético, seja pessoas ou escritos, ela buscava destruir. Expressões de dúvida ou perguntas quanto à autoridade dos dogmas papais eram suficientes para perder a vida de ricos ou pobres, altos ou baixos. Roma também procurou destruir todo registro de sua crueldade para com dissidentes. Concílios papais decretaram que livros e escritos contendo tais registros fossem lançados às chamas. Antes da invenção da impressão, os livros eram poucos em número e em uma forma não favorável à preservação; portanto, havia pouco para impedir os romanistas de cumprir seu propósito." (Ellen White, O Grande Conflito [1911], 61, 62.)
"Nossos primeiros pais, embora criados inocentes e santos, não foram colocados além da possibilidade de praticar o mal. Deus os fez agentes morais livres, capazes de apreciar a sabedoria e benevolência de Seu caráter e a justiça de Seus requisitos, e com plena liberdade para obedecer ou recusar a obediência." (Ellen White, Patriarcas e Profetas [1890], 48.)
"Não é propósito de Deus coagir a vontade. O homem foi criado um agente moral livre. Como os habitantes de todos os outros mundos, ele deve ser submetido ao teste da obediência; mas nunca é colocado em uma posição em que ceder ao mal se torne uma questão de necessidade. Nenhuma tentação ou prova é permitida a ele que ele não seja capaz de resistir. Deus fez provisão tão ampla que o homem nunca precisaria ter sido derrotado no conflito com Satanás." (Ibid., 331, 332.)