Corações longe de Deus
Sexta, 13 de JunhoA reforma realizada por Josias havia purificado a nação dos altares idólatras, mas o coração do povo não havia sido transformado. As sementes da verdade, que haviam começado a brotar com a promessa de uma grande colheita, foram sufocadas pelos espinhos. Outra apostasia semelhante seria desastrosa; por isso, Deus buscou alertar a nação sobre o perigo que enfrentavam. Somente pela fidelidade a Jeová poderiam esperar Seu favor e prosperidade.
Jeremias frequentemente direcionava o povo aos ensinamentos de Deuteronômio. Mais do que qualquer outro profeta, ele enfatizou a importância da lei mosaica, mostrando como sua obediência poderia trazer as maiores bênçãos espirituais para a nação e para cada indivíduo. Ele exortava: “Perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma” (Jeremias 6:16).
Em uma ocasião, por ordem do Senhor, Jeremias posicionou-se em uma das principais entradas da cidade e advertiu o povo sobre a necessidade de santificar o Sábado. Os habitantes de Jerusalém estavam em risco de perder de vista a santidade desse dia e foram solenemente alertados a não realizarem suas atividades seculares nele.
Deus prometeu bênçãos para aqueles que obedecessem: “Se, deveras, Me ouvirdes, diz o Senhor, não introduzindo cargas pelas portas desta cidade no dia de Sábado, e santificardes o dia de Sábado, não fazendo nele obra alguma, então, pelas portas desta cidade entrarão reis e príncipes, que se assentarão no trono de Davi, andando em carros e montados em cavalos, eles e seus príncipes, os homens de Judá e os habitantes de Jerusalém; e esta cidade será para sempre habitada” (Jeremias 17:24, 25).
Essa promessa de prosperidade, condicionada à obediência, veio acompanhada de uma solene advertência: caso a cidade desconsiderasse os mandamentos de Deus e a santificação do Sábado, terríveis juízos cairiam sobre Jerusalém. Se ignorassem as instruções divinas, a cidade e seus palácios seriam consumidos pelo fogo.
Assim, Jeremias permaneceu firme na defesa dos princípios de uma vida justa, claramente delineados no livro da lei. No entanto, a condição espiritual da terra de Judá exigia medidas drásticas para que uma verdadeira reforma acontecesse. Por isso, ele apelou com grande fervor aos impenitentes, dizendo: “Lavrai para vós outros campo novo, e não semeies entre espinhos.” E ainda: “Lava o teu coração da malícia, ó Jerusalém, para que sejas salva!” (Jeremias 4:3, 14; Ellen G. White, Profetas e Reis [2021], p. 241, 242).