O altar e as três mensagens

VERSO PARA MEMORIZAR:


Leituras da semana:
Apocalipse 14

Minha esposa Kemba e eu já estávamos casados há sete ou oito anos quando decidi fazer uma grande surpresa. Naquela época, ainda usávamos o carro que havíamos comprado logo após o casamento, enquanto ainda estávamos na faculdade, e era hora de trocar por um modelo mais novo. Comecei a pesquisar nas concessionárias locais e encontrei um carro que sabia que Kemba adoraria.

Depois de conseguir um empréstimo no banco, comprei o carro e fiquei incrivelmente empolgado ao tirá-lo da concessionária naquela sexta-feira. Agora, precisava encontrar um lugar para escondê-lo até o grande momento. Um amigo me emprestou sua garagem, e decidimos que na noite de Sábado eu a levaria até lá para fazer a surpresa.

Naquela noite, levei Kemba até a casa do meu amigo. Enquanto ele e a esposa preparavam pipoca, escondi a chave do carro no fundo do copo dela. Quando ela finalmente encontrou a chave, olhou para mim e disse: “Ei, o que é isso? Dwain, você me comprou um carro?”

Eu não consegui esconder o sorriso, e a empolgação tomou conta de mim. A levei até a garagem, onde o carro a esperava com um grande laço vermelho no capô. Todo o esforço, o planejamento e a preparação valeram a pena quando vi o sorriso no rosto de Kemba naquela noite.

Esta semana, estudaremos três mensagens essenciais que devemos compartilhar com o mundo. Porém, será impossível cumprir essa missão sem a preparação adequada. Deus está à procura de pessoas prontas para revelar essas mensagens a um mundo que tanto precisa delas.

Leia, Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 2, capítulo 12: “Os três anjos e o outro anjo”.

Apocalipse 14 destaca três mensagens enviadas por Deus para preparar todas as pessoas para o iminente retorno de Cristo. A Igreja Adventista do Sétimo Dia foi levantada com a missão específica de proclamar essa última advertência ao mundo.

O primeiro anjo de Apocalipse 14 traz um “evangelho eterno para pregar aos que habitam na terra” (Apocalipse 14:6). Essa mensagem convida todos a temer a Deus, dar-Lhe glória e adorar “aquele que fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas” (v. 7). Esse não é um novo evangelho, mas o evangelho eterno – sempre atual, necessário e imutável. Os profetas do Antigo Testamento aguardavam seu cumprimento, e a igreja apostólica se empenhou em anunciá-lo ao mundo.

O segundo anjo proclama: “Caiu a grande Babilônia” (Apocalipse 14:8). Essa mensagem é um chamado para que os verdadeiros adoradores de Deus rejeitem todas as formas de adoração e crenças humanas que não estão em harmonia com as Escrituras. Deus convida Seu povo a sair da falsa adoração de Babilônia, para que não participe das pragas enviadas devido aos pecados desse sistema religioso corrompido (Apocalipse 18:4).

Embora essas duas mensagens sejam impactantes, a do terceiro anjo tem uma intensidade ainda maior. Isso porque ela reforça o evangelho eterno e o chamado à verdadeira adoração (mensagem do primeiro anjo), além de advertir contra a falsa adoração (mensagem do segundo anjo).

Contudo, essa última mensagem também traz uma advertência solene que não aparece nas anteriores (Apocalipse 14:9, 10). Além de identificar os seguidores de Satanás como aqueles que adoram a besta e recebem sua marca, essa mensagem também distingue os verdadeiros adoradores de Deus, aqueles que foram selados como Seus. Eles se destacam por sua perseverança e por guardarem “os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (v. 12).

Nossa missão é proclamar um evangelho que une adoração e advertência, mas nada será mais eficaz para alcançar os corações do que apresentar Jesus Cristo, o Salvador que perdoa os pecados da humanidade e a única esperança para um mundo em crise.

Por que o assunto da adoração é tão importante no fim dos tempos?

À primeira vista, os três anjos de Apocalipse 14 apresentam uma mensagem assustadora. Como podemos anunciá-la mostrando nosso amor a Deus e às pessoas?

O tema da adoração permeia as três mensagens angélicas. A primeira mensagem enfatiza os princípios fundamentais da verdadeira adoração, enquanto a segunda e a terceira trazem advertências contundentes contra a falsa adoração. O primeiro anjo ordena que todos “adorem Aquele que fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas” (Apocalipse 14:7), pois o juízo de Deus já começou sobre os habitantes da Terra.

O sinal de nossa adoração e fidelidade ao Senhor se manifesta em nosso amor por Ele, expresso na obediência aos Seus mandamentos (João 14:15), incluindo a guarda do Sábado. Em Êxodo 31:13, Deus ordena aos israelitas recém-libertados que santifiquem o Sábado, pois ele é “sinal entre Mim e vocês de geração em geração, para que vocês saibam que Eu sou o Senhor, que os santifica”. O Sábado é um memorial tanto da criação quanto da redenção ao observá-lo, honramos a Deus como nosso Criador e Redentor.

Por que a adoração ao Criador é um ponto central para os Adventistas do Sétimo Dia? Basta recordar o início do movimento Adventista logo após o Grande Desapontamento de 1844. Buscando compreender melhor as profecias de Daniel e Apocalipse, os pioneiros Adventistas estudaram diligentemente as Escrituras para entender o que havia ocorrido e por que Cristo não retornara como esperavam em outubro daquele ano.

Curiosamente, 1844 foi um ano marcado por eventos que moldariam profundamente o mundo, sem que os primeiros Adventistas tivessem conhecimento disso. Naquele ano, Charles Darwin finalizou o primeiro rascunho de ‘’A Origem das Espécies’’, obra que popularizaria a teoria evolucionista e impulsionaria o ateísmo. Também em 1844, Karl Marx escreveu seus Manuscritos Econômico-Filosóficos (conhecidos como Manuscritos de 1844), que serviriam de base para os regimes comunistas mais opressivos do século 20.

Seria mera coincidência que, no mesmo período em que esses poderosos movimentos antibíblicos surgiam, Deus estivesse levantando um povo com a missão de proclamar as boas-novas da salvação, chamar homens e mulheres ao arrependimento e conclamar o mundo a adorar o Criador? Quando Deus trouxe à existência a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Seu propósito era ter uma igreja que não apenas pregasse essas verdades, mas as vivesse de forma genuína. A preparação para proclamar as solenes mensagens de Apocalipse 14 começa em nosso altar de adoração, nos momentos diários de comunhão com Deus.

Qual é o peso das três mensagens angélicas na sua vida pessoal e social?

Você já refletiu se, por conhecer as três mensagens angélicas, às vezes podemos ter uma falsa sensação de segurança? Será que apenas conhecer essas mensagens é suficiente para a salvação?

Você crê que os Adventistas do Sétimo Dia possuem uma mensagem especial a compartilhar com o mundo? Por quê?

De que maneira você pode ajudar seus amigos a se prepararem para a breve volta de Jesus?

Como sua experiência diária de adoração fortalece sua fé e o prepara para permanecer ao lado de Cristo quando o povo de Deus enfrentar perseguições?

Que impacto um tempo regular de adoração pode ter em sua vida pessoal, no seu lar, na sua família, na igreja e na sociedade?

Agora, compare suas respostas com os textos bíblicos a seguir. O que esses versículos revelam sobre a experiência daqueles que proclamam as três mensagens angélicas?

A mensagem tem um preço:

Mateus 10:22; 1Pedro 4:12; Apocalipse 12:11; 13:15-17

O triunfo da mensagem:

Mateus 24:14; Romanos 8:37; Apocalipse 14:12; 18:1

Os Adventistas do Sétimo Dia receberam uma missão especial: foram colocados no mundo como vigias e portadores de luz. A eles foi confiada a última mensagem de advertência para um mundo que caminha para a perdição. Sobre esse povo brilhou a luz maravilhosa da Palavra de Deus, e sua responsabilidade é proclamar as três mensagens angélicas. Nenhuma outra obra tem tamanha importância, e nada deve desviar sua atenção desse chamado solene (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 20).

Em vez de nos desanimarmos com a aparente impossibilidade de levar o evangelho a todo o mundo, devemos confiar na capacidade de Cristo de transformar vidas por meio daqueles que passam tempo com Ele. Pense nisso: com apenas 12 discípulos – um deles, traidor – Jesus iniciou um movimento que, dois mil anos depois, nos trouxe o conhecimento Dele. Eram pessoas comuns, com falhas e limitações, mas, mesmo assim, impactaram o mundo inteiro!

Qual foi o segredo do sucesso de Jesus? Ellen White revela que Cristo deu aos discípulos o privilégio de estar em Sua presença. Nenhum grande líder da história teve um Mestre como Ele. Depois de passarem tempo ao Seu lado, já não eram os mesmos. Tornaram-se semelhantes a Ele em espírito e caráter, e todos perceberam que haviam estado com Jesus (O Desejado de Todas as Nações, p. 188, 189).

Jesus permitiu que os discípulos vissem Sua vida de oração, devoção e entrega total ao Pai. Quando subiu ao Céu, eles ainda não eram perfeitos, mas tinham uma conexão com Deus que lhes deu poder e sabedoria para cumprir a missão.

Precisamos voltar ao altar. É necessário restaurar nossa comunhão diária para que sejamos fortalecidos e capacitados para o serviço de Deus.

Quais são as boas notícias que o primeiro anjo anuncia?

Qual é a missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia?

O Senhor escolheu Israel e o separou das demais nações para confiar-lhe um legado sagrado. Fez desse povo o guardião de Sua lei, com o propósito de preservar entre os homens o conhecimento de Deus. Por meio de Israel, a luz celestial deveria alcançar os lugares mais obscuros da Terra, chamando todas as nações a deixarem a idolatria e a servirem ao Deus vivo e verdadeiro.

Se os hebreus tivessem sido fiéis a essa missão, teriam sido uma influência poderosa no mundo. Deus seria sua proteção e os exaltaria acima de todas as nações. A verdade divina brilharia por intermédio deles, demonstrando a superioridade do governo de Deus sobre qualquer forma de idolatria.

No entanto, eles não permaneceram fiéis ao concerto com o Senhor. Em vez de serem um testemunho vivo do poder de Deus, imitaram as práticas idólatras dos povos ao seu redor. Assim, em vez de glorificarem o nome de Deus, sua conduta levou os pagãos a desprezá-Lo. Mesmo assim, o propósito divino precisava se cumprir. O conhecimento da vontade de Deus deveria ser espalhado pela Terra. Por isso, o Senhor permitiu que Seu povo fosse levado cativo, espalhando-se entre as nações. Ali, muitos se arrependeram de suas transgressões e buscaram ao Senhor.

Dispersos entre os gentios, os israelitas difundiram amplamente o conhecimento do verdadeiro Deus. A lei divina entrou em conflito com os costumes das nações pagãs, que tentaram suprimir a fé verdadeira. Mas, em Sua providência, Deus colocou servos fiéis como Daniel, Neemias e Esdras diante de reis e governantes, dando a esses líderes a oportunidade de receberem a luz. Assim, a missão que deveria ter sido cumprida em tempos de prosperidade, dentro de Israel, foi realizada no cativeiro, sob grandes desafios e dificuldades.

Hoje, Deus chama Sua igreja, assim como chamou o antigo Israel, para ser uma luz na Terra. Por meio da poderosa verdade das mensagens dos três anjos, Ele separou Seu povo das demais igrejas e do mundo, trazendo-o para uma comunhão mais profunda com Ele. O Senhor fez da Igreja Adventista depositária de Sua lei e confiou-lhe as grandes verdades proféticas para este tempo.

Cristo declarou a Seus seguidores: "Vós sois a luz do mundo" (Mateus 5:14; Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 389, 390).