Ocupados demais para Deus?
Sexta, 23 de MaioVocê está ocupado demais para passar tempo com Deus? Reflita sobre o que Ellen White escreveu sobre a "vida de altar" de Jesus:
“Na opinião dos rabinos, o mais alto grau de religião consistia em contínua e agitada atividade. Dependiam de uma prática externa para mostrar sua devoção superior. Assim separavam-se de Deus, apoiando-se na autossuficiência. O mesmo perigo existe ainda hoje. À medida que aumenta a atividade e as pessoas são bem-sucedidas em realizar alguma obra para Deus, há o risco de confiar em planos e métodos humanos. Surge a tendência de orar menos e a ter menos fé’’.
“Como os discípulos, nos arriscamos a perder de vista nossa dependência de Deus e fazer de nossa atividade um salvador. Necessitamos olhar continuamente para Jesus, compreendendo que é Seu poder que realiza a obra. Enquanto devamos trabalhar ativamente pela salvação dos perdidos, precisamos também dedicar tempo à meditação, à oração e ao estudo da Palavra de Deus. Somente o trabalho realizado com muita oração e santificado pelos méritos de Cristo mostrará, no final das contas, ter sido eficaz’’.
“Nenhuma outra vida já foi tão cheia de trabalho e responsabilidade como a de Jesus; mas quantas vezes Ele estava em oração! Quão constante era Sua comunhão com o Pai! Repetidamente, na história de Sua vida terrestre, se encontram registros como estes: ‘Tendo-Se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava’ (Marcos 1:35). ‘Grandes multidões afluíam para O ouvirem e serem curadas de suas enfermidades. Ele, porém, Se retirava para lugares solitários e orava’ (Lucas 5:15, 16). ‘Naqueles dias, retirou-Se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus’’ (Lucas 6:12).
“Em uma vida toda dedicada ao bem dos outros, o Salvador achou necessário afastar-Se dos lugares movimentados e da multidão que O acompanhava, dia a dia. Precisava retirar-Se de uma vida de incessante atividade e contato com as necessidades humanas, para buscar sossego e ininterrupta comunhão com o Pai’’.
“Como um de nós, participante de nossas necessidades e fraquezas, dependia completamente de Deus e, no lugar reservado de oração, buscava força divina, a fim de sair fortalecido para Seus deveres e provações. Em um mundo de pecado, Jesus suportou lutas e angústias. Em comunhão com Deus, podia aliviar as dores que O esmagavam. Ali encontrava conforto e alegria” (O Desejado de Todas as Nações [2021], p. 285).