Guerreiro noturno
Sexta, 30 de MaioA Majestade do Céu, comprometida com Seu ministério terrestre, dedicava-se intensamente à oração ao Pai. Frequentemente, passava noites inteiras em comunhão com Deus. Seu coração se entristecia ao testemunhar a atuação dos poderes das trevas sobre o mundo. Por isso, afastava-Se da agitação da cidade e do clamor da multidão, buscando um lugar tranquilo para interceder.
“O Monte das Oliveiras era Seu refúgio favorito para momentos de devoção. Muitas vezes, após despedir a multidão ao cair da noite, Jesus não descansava, mesmo exausto pelas atividades do dia. O evangelho de João relata: ‘E cada um foi para sua casa. Jesus, entretanto, foi para o Monte das Oliveiras’ (João 7:53–8:1).
“Enquanto a cidade permanecia em silêncio e os discípulos retornavam às suas casas para repousar, Jesus permanecia desperto. Suas súplicas fervorosas ascendiam do Monte das Oliveiras ao Pai, intercedendo para que Seus discípulos fossem guardados das influências malignas que enfrentavam diariamente e para que Ele próprio recebesse força e amparo diante dos desafios do dia seguinte. Enquanto Seus seguidores dormiam, Seu Mestre orava. A geada e o orvalho da noite cobriam Sua cabeça inclinada em oração. Com esse exemplo, Ele deixou um modelo a ser seguido.
“A Majestade do Céu, imersa em Sua missão, estava constantemente em fervorosa oração. Nem sempre Se dirigia ao Monte das Oliveiras, pois Seus discípulos conheciam esse retiro e frequentemente O seguiam. Por isso, escolhia a tranquilidade da noite, quando podia orar sem interrupções. Durante o dia, curava os enfermos, ressuscitava os mortos e transmitia bênçãos e força. As tempestades obedeciam à Sua ordem.
“Mesmo sendo puro e sem pecado, Jesus não Se contaminava com a corrupção ao Seu redor. Ele orava com forte clamor e lágrimas, intercedendo por Seus discípulos e por Si mesmo. Assim, identificava-Se com as nossas necessidades, fraquezas e lutas humanas. Embora não tivesse as paixões da natureza humana decaída, enfrentava as mesmas dificuldades e provações. Em meio aos sofrimentos, buscava o auxílio do Pai.
“Cristo é nosso exemplo. Os ministros de Deus enfrentam tentações e ataques de Satanás? Ele, que nunca pecou, buscava refúgio no Pai nas horas de angústia. Sua vinda à Terra tinha o propósito de nos oferecer graça e força em tempos de necessidade, demonstrando a importância da oração fervorosa e contínua. Se os ministros de Cristo seguissem Seu exemplo, seriam revestidos de Seu Espírito e auxiliados pelos anjos” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 2 [2021], p. 413, 414).