PROMESSAS DA ALIANÇA

Sábado, 27 de Setembro

VERSO PARA MEMORIZAR:


Leituras da semana:
Gênesis 15
Apartir do Título, e do estudo da semana, anote suas impressões sobre o que se trata a lição:

Pesquise: em comentários bíblicos, livros denominacionais e de Ellen G. White sobre temas neste texto: Gênesis 15

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 04 de Outubro.

Domingo, 28 de Setembro

A geração de Josué chegou a um momento crucial na história de Israel, quando tiveram que decidir se estavam prontos para avançar com fé, enfrentar os gigantes e entrar em território desconhecido. As incertezas eram avassaladoras, a oposição era feroz, os desafios eram intimidantes. Tudo dependia da disposição deles em abraçar a missão aparentemente impossível que Deus lhes havia dado. A história neste livro convida todo crente hoje a vencer suas dúvidas e medos e receber as bênçãos que Deus oferece.

Após (40) quarenta anos exaustivos de peregrinação no deserto, Israel estava finalmente à beira de receber a herança prometida a Abraão mais de (400) quatro séculos antes. Abraão exerceu fé ao olhar para a promessa, e Josué foi o instrumento usado por Deus para tornar essa promessa realidade. Para entender adequadamente o livro de Josué, é essencial primeiro compreender como o pacto de Deus com Abraão veio a existir.

Quando Deus chamou Abraão para trocar a familiaridade e o conforto por uma aventura com Ele, Abraão já tinha setenta e cinco anos. Sem parar para questionar a viabilidade de deixar sua terra natal, Abraão seguiu Deus para um território desconhecido. Deus declarou que, por meio de Abraão e seus descendentes, Ele cumpriria uma promessa cara aos corações de todos aqueles que O amavam e serviam. No Jardim do Éden, Deus havia anunciado um plano para salvar a humanidade pecadora enviando um Libertador que esmagaria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15).

Geração após geração aguardava a chegada da Semente (Descendente) prometida. Deus renovou essa promessa quando apareceu a Abraão e o chamou para ser o progenitor do Prometido.

Deus não estava apenas oferecendo a Abraão um lugar na linhagem ancestral do Messias. Seu plano era mais grandioso. O pacto veio com uma terra — uma faixa fértil de imóvel privilegiado localizado na interseção de três grandes continentes: África, Ásia e Europa. A promessa de inúmeros filhos e um território fértil estrategicamente localizado significava que Abraão teria um legado extraordinário. Abraão não seria apenas um dos ancestrais diretos do Messias, mas também geraria uma nação inteira cujo único propósito seria preparar o mundo para a chegada do Messias e, em seguida, facilitar a expansão de Seu reino quando Ele aparecesse.

Segunda, 29 de Setembro

Abraão partiu de sua terra “sem saber para onde ia” (Hebreus 11:8). Logo percebeu que o caminho não seria direto quando a fome sobreveio, obrigando-o a descer ao Egito, onde, para se proteger, mentiu e precisou ser livrado por Deus. Apesar desse começo pouco promissor em sua grande jornada, ele se reergueu e continuou a edificar sua vida em torno de um relacionamento com o Senhor.

Com o passar dos anos, a fé de Abraão foi repetidamente provada. Nem ele nem sua esposa Sara rejuvenescem, e ainda não tinham filhos, embora Deus tivesse prometido que sua descendência se tornaria uma grande nação (Gênesis 12:2). Ajustar-se ao tempo de Deus é muitas vezes mais difícil do que crer que Ele é poderoso para cumprir Suas promessas. A fé requer confiança, mas também requer paciência e rendição.

Depois de resgatar seu sobrinho Ló de uma situação perigosa, Abraão voltou para casa tomado pela dúvida e pela ansiedade. Ainda que a vitória tivesse sido doce, temia as consequências de seus atos. Então, o Senhor lhe falou em visão para acalmar-lhe o coração: “Não temas, Eu sou o teu escudo, o teu grandíssimo galardão” (Gênesis 15:1). Mesmo assim, Abraão questionou por que ainda não lhe havia sido dado um filho: “Senhor Deus, que me hás de dar, pois ando sem filhos?” (verso 2). Era um clamor por uma evidência visível de que a promessa era verdadeira. O Senhor, porém, confirmou que Abraão teria um filho de sua própria descendência.

E, apesar das aparências, ele escolheu crer na promessa, “e isso lhe foi imputado por justiça” (Gênesis 15:6). Abraão exerceu a fé confiando que Deus era poderoso para cumprir o que havia prometido (Romanos 4:20–22). Simples — mas ao mesmo tempo desafiador.

Então, sob o firmamento estrelado, Deus estabeleceu a Sua aliança com Abraão mediante uma solene cerimônia (Gênesis 15:9–21). Se hoje os homens firmam contratos com assinaturas, no mundo antigo as alianças e tratados eram ratificados com o sangue de um sacrifício. O corpo partido de um animal simbolizava o destino daquele que viesse a quebrar o pacto. Assim, essa cerimônia sacrificial foi o penhor divino de que Deus não se esqueceria nem negligenciaria as promessas feitas a Abraão. O Senhor confirmou que sua descendência seria tão numerosa como as estrelas do céu e que lhes daria a terra desde o Mar Mediterrâneo até o Rio Eufrates. Deus chamou a família de Abraão para um propósito especial: seriam plantados naquela terra a fim de serem uma bênção para todas as nações da terra.

Terça, 30 de Setembro

Se o único propósito de Deus tivesse sido encontrar uma pátria para os descendentes de Abraão, Ele poderia tê-los conduzido a uma terra desocupada. Em vez disso, Deus escolheu dar-lhes uma terra onde já habitavam diversos povos, sabendo que recebê-la exigiria muitos conflitos com essas nações. É importante notar que Deus não foi descuidado nem indiferente em relação aos povos que já ocupavam aquela terra. Se não tivesse cuidado deles, poderia tê-los lançado fora imediatamente e dado o território à família de Abraão. No entanto, Deus retardou a conquista de Canaã por mais de quatrocentos anos, mostrando repetidamente Sua misericórdia àquelas nações, apesar de sua crescente impiedade.

Em outras palavras, Deus estava avaliando cuidadosamente a maldade dessas nações e daria a terra de Canaã aos descendentes de Abraão apenas quando elas tivessem ultrapassado o ponto sem retorno (Gênesis 15:16). A conquista de Canaã por Josué deve ser compreendida como um juízo de Deus contra nações culpadas dos crimes mais abomináveis.

O povo de Canaã normalizara e promovia rituais pagãos que envolviam diversas formas de promiscuidade sexual, incesto, homossexualidade, sacrifício de crianças e bestialidade (Levítico 18:6–23).

O sacrifício de crianças era um ritual religioso comum, no qual queimavam seus filhos como oferta aos demônios (Salmos 106:37). Essas práticas se misturavam à feitiçaria, à necromancia e a outros enganos espiritualistas, conduzindo-os a trevas e iniquidade ainda maiores (Deuteronômio 18:9–14). Por causa dessas abominações, Deus estava lançando fora os habitantes da terra e advertindo os israelitas a não seguirem seus exemplos, para que não fossem igualmente julgados.

Quando Deus disse a Abraão que sua descendência ainda não poderia herdar a terra prometida, Ele apresentou a conquista de Canaã como um juízo contra povos ímpios, comparável às histórias do Dilúvio e da destruição de Sodoma e Gomorra (Gênesis 6:11–13; 19:13). Antes de Deus destruir Sodoma e Gomorra, Abraão fez a Ele a mesma pergunta que muitos de nós levantamos hoje diante desses momentos difíceis de juízo divino: “Destruirás também o justo com o ímpio?” (Gênesis 18:23). Abraão queria a certeza de que Deus não destruiria indiscriminadamente inocentes juntamente com culpados: “Longe de Ti que faças tal coisa!... Não faria justiça o Juiz de toda a terra?” (verso 25).

Quarta, 1 de Outubro

O que é mais difícil: crer que Deus Se importa ou confiar, apesar da espera? Essas são questões que deveriam fazer parte da nossa reflexão pessoal, nos levando a algumas possíveis conclusões.

A vida cristã nunca será linear. O externo, o interno, o contexto, os gatilhos, as armadilhas - há inúmeras maneiras de experimentarmos os altos e baixos da caminhada espiritual.

A boa notícia é que as promessas de Deus não estão limitadas às circunstâncias ou aos percalços. Neste caso, precisamos nos lembrar de que Ele sempre termina aquilo que começou em nossa vida.

Contudo, patologicamente ansiosos como somos, pode ser que as dificuldades sufoquem nossa fé. Pode ser também que nos precipitemos tentando ajudar Deus a ser Deus.

Nem tudo poderemos fazer, mas se tem algo que podemos desde já exercer é a capacidade de discernir com o apoio do Espírito Santo. Para isso, você terá que reorganizar sua rotina e interesses, a fim de, em silêncio, oração e meditação deixar Deus dirigir sua vida, dando a você, se necessário, mais paciência para esperar Nele.

Compare o modo como os versículos a seguir nos ajudam a entender melhor o propósito de Deus para a família de Abraão e para a terra de Canaã, bem como para a nossa própria vida.

Promessas de Deus a Abraão: Gênesis 12:1-9; Gênesis 17:1-22; Gênesis 22:15-18

Exemplos da intervenção de Deus em lugares dominados pelo pecado: Gênesis 6:5-18; Gênesis 18:17-33

Práticas dos cananeus: Levítico 1 8:6-30; Deuteronômio 9:4-6; Salmos 106:36-38

Quinta, 2 de Outubro

Quando Abraão tinha noventa e nove anos de idade, Deus lhe apareceu novamente e disse: “Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito. E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti, e te multiplicarei grandissimamente” (Gênesis 17:1, 2). Naquele tempo, Abraão já estava estabelecido. Depois de quase vinte e cinco anos em Canaã, ainda era peregrino, mas ao menos tinha um herdeiro: seu filho Ismael, sua própria carne e sangue, fruto de sua tentativa desesperada de ajudar Deus a cumprir Suas promessas.

Após reiterar os termos do concerto e estabelecer a circuncisão como sinal de consagração, Deus disse a Abraão que sua esposa Sara daria à luz um filho (Gênesis 17:15, 16. A reação de Abraão foi prostrar-se com o rosto em terra, rindo, e lembrar a Deus que já possuía um filho, Ismael (versos 17, 18). Paciente e misericordiosamente, Deus lhe afirmou que não se enganara: Sara teria, sim, um filho em sua velhice — um filho milagroso. O nascimento de Isaque demonstrou o poder de Deus em cumprir Suas promessas, independentemente das circunstâncias.

Isaque cresceu e se tornou um jovem, e mais uma vez Deus provou a fé de Abraão. Aparecendo-lhe em visão, Deus requereu o sacrifício supremo: “Toma agora o teu filho, o teu único filho Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas que eu te direi” (Gênesis 22:2).

Todas as esperanças de Abraão estavam centradas em Isaque, o filho da promessa. O próprio Deus havia declarado que Isaque era parte essencial do concerto; contudo, agora exigia que Abraão entregasse o que lhe era mais precioso. Abraão obedeceu, crendo que, se necessário fosse, Deus ressuscitaria Isaque dentre os mortos para cumprir a Sua palavra (Hebreus 11:17–19). Deus recompensou a fé de Abraão: não apenas poupou a vida de Isaque, mas também providenciou um carneiro preso pelos chifres num arbusto, para ser oferecido em seu lugar.

O carneiro provido por Deus simbolizava o clímax do concerto. Todas as promessas feitas a Abraão — um filho, a terra de Canaã e uma grande nação — convergiam para um único acontecimento: o Messias, o Filho unigênito de Deus, oferecido em sacrifício pelos pecados do mundo. O propósito do concerto de Deus com Abraão era preparar o povo e o lugar para a chegada do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (João 1:29). Apresentar Jesus ao mundo continua sendo o propósito da aliança e do chamado de Deus para cada um de nós. Se, como Abraão, confiarmos em Deus e abraçarmos Suas promessas, grandes coisas Ele também poderá realizar por nosso intermédio.

Sexta, 3 de Outubro

À medida que a iniquidade aumenta e o desprezo pela lei de Deus se manifesta, aqueles que verdadeiramente amam ao Senhor buscarão um estado mais elevado de santidade. Tenhamos todos em mente o fato de que estamos rapidamente nos aproximando daquela crise da iniquidade humana em que será necessário que Deus intervenha. Os amorreus eram habitantes de Canaã, e o Senhor havia prometido a terra de Canaã aos israelitas; mas um longo intervalo deveria passar antes que Seu povo possuísse a terra.

Ele declarou a razão pela qual esse tempo deveria decorrer: disse que a iniquidade dos amorreus ainda não estava cheia, e sua expulsão e destruição não poderiam ser justificadas até que houvessem enchido a medida de sua maldade. Idolatria e pecado marcavam o seu caminho, mas a medida de sua culpa ainda não era tal que os destinasse à destruição. Em Seu amor e compaixão, Deus faria brilhar sobre eles uma luz mais distinta; Ele lhes daria oportunidade de contemplar a operação de Seu maravilhoso poder, para que não houvesse desculpa para sua conduta perversa.

Assim é que Deus trata com as nações. Durante um certo período de prova, Ele exerce longanimidade para com nações, cidades e indivíduos. Mas quando fica evidente que não virão a Ele para que tenham vida, juízos são derramados sobre eles. Chegou o tempo em que o juízo foi infligido sobre os amorreus, e chegará o tempo em que todos os transgressores de Sua lei saberão que Deus de maneira nenhuma terá por inocente o culpado. “Ainda que o pecador faça mal cem vezes, e os seus dias se prolonguem, contudo eu bem sei que bem sucederá aos que temem a Deus, que temem diante dele. Porém, ao ímpio não irá bem, nem prolongará os seus dias, que são como a sombra; porquanto não teme diante de Deus” (Eclesiastes 8:12, 13).

“Consideremos, pois, solenemente os tratos de Deus com as nações e com os indivíduos, a fim de que evitemos tomar um caminho que nos arruinará pela transgressão da lei de Deus. Acumulemos em nossos corações cada bênção, cada raio de luz enviado do céu, nas advertências, nas reprovações, nos sinais de misericórdia concedidos a nós. Não estejamos entre aqueles que olham com leviandade para a longanimidade de Deus.” (Ellen G. White, The Review and Herald, 2 de maio de 1893, parcialmente em Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, V. 1, p. 1093).